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| - O movimento sentido no autódromo Fernanda Pires da Silva nos últimos dias tem causado estranheza, mas a Parpública, empresa responsável pelo espaço, garante que são “treinos de competição de pilotos profissionais, que integram equipas que participam em provas internacionais” como a que terá lugar no Autódromo de Portimão nos dias 29 e 30 de janeiro. Esta prova, de acordo com a mesma fonte, possui o visto da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK).
“Quer a prova, quer os treinos de competição, têm suporte legal no Decreto nº 3-A/2021, artigo 34ª, diploma que regulamenta o atual estado de emergência. Os treinos (…) envolvem a participação de cerca de 40 pessoas, provenientes de vários países. Como normalmente, são treinos que decorrem sem a presença de público e com o cumprimento das orientações da DGS”, sublinhou a Parpública em comunicado enviado ao Polígrafo.
O Decreto-Lei nº3-A/2021, que regulamenta o Estado de Emergência, permite a “atividade física e o treino de desportos individuais ao ar livre, assim como todas as atividades de treino e competitivas profissionais e equiparadas, sem público e no cumprimento das orientações da DGS”.
Na página de um dos organizadores do evento – a alemã Gedlich Racing – pode ver-se um formulário de inscrição para o evento Endless Summer, que diz reunir todos os anos, entre dezembro e março, “grupos de pilotos”, sejam “iniciantes, amadores ou profissionais” para “correrem nos lugares mais bonitos da Europa”. Os valores começam a partir dos mil euros, com possibilidade de alugar carros, contratar equipas de apoio técnico ou levar acompanhantes.
Contactada pelo Polígrafo, a FPAK informa que não foi consultada sobre o evento naquele autódromo, acreditando tratar-se de um “evento privado que não está sob a alçada da federação“. Também a Direção-Geral da Saúde indica não ter recebido “qualquer pedido relacionado com o referido evento do autódromo do Estoril”.
“Em Ascari e noutras pistas perto do ponto mais a sul da Europa, os pilotos fazem as suas corridas, praticam desportos motorizados sérios ou divertem-se simplesmente a conduzir nas pistas. As famílias geralmente estão lá, porque não são só corridas que estão na agenda”, lê-se ainda na página.
Ainda assim, a Parpública garante que, quando foi instaurado o estado de emergência, “os treinos do Estoril foram limitados a pilotos profissionais com licença desportiva“, algo que terá sido confirmado pelas “autoridades competentes” que se deslocaram ao circuito.
Na página de um dos organizadores do evento – a alemã Gedlich Racing – pode ver-se um formulário de inscrição para o evento Endless Summer, que diz reunir todos os anos, entre dezembro e março, “grupos de pilotos”, sejam “iniciantes, amadores ou profissionais” para “correrem nos lugares mais bonitos da Europa”. Os valores começam a partir dos mil euros, com possibilidade de alugar carros, contratar equipas de apoio técnico ou levar acompanhantes.
Contactada pelo Polígrafo, a FPAK informa que não foi consultada sobre o evento naquele autódromo, acreditando tratar-se de um “evento privado que não está sob a alçada da federação“. Também a Direção-Geral da Saúde indica não ter recebido “qualquer pedido relacionado com o referido evento do autódromo do Estoril”.
Em resumo, ao contrário do que chegou a ser veiculado, tratou-se de um evento organizado à margem da DGS, bem como da FPAK. Também a sua natureza – profissional ou amadora – deixa dúvidas no ar, dado o teor do site de um dos organizadores do evento, que permite que qualquer interessado se inscreva mediante o pagamento de uma quantia, independentemente de ser ou não profissional.
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Avaliação do Polígrafo:
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