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| - “Carlo Acutis era um adolescente católico italiano. Era mais conhecido por documentar milagres eucarísticos em todo o mundo e catalogá-los todos num site que ele próprio criou meses antes de sua morte”, relata-se na publicação, indicando que o jovem italiano morreu em 2006, aos 15 anos de idade.
De acordo com a mensagem, o Papa Francisco declarou Acutis como “venerável” em 2018 e, ao abrirem o túmulo, o corpo do jovem encontrava-se “intacto e incorruptível“.
Nas redes sociais propagaram-se diversas imagens de Acutis no túmulo, aparentemente preservado, como se estivesse apenas a dormir. Destaca-se também a roupa informal. “Pela primeira vez, você verá um santo vestido de jeans, ténis e casaco com capuz. A santidade não é algo distante, mas muito ao alcance de todos, porque o Senhor é para todos”, descreve-se no mesmo texto.
Confirma-se que o corpo do jovem estava “intacto e incorruptível” cerca de 14 anos após a sua morte?
Em primeiro lugar, é verdade que Carlo Acutis foi beatificado. De acordo com o jornal “The Guardian“, a beatificação foi motivada pela assumpção de que uma criança terá recuperado de um distúrbio pancreático raro após entrar em contacto com uma das camisolas de Acutis em 2013. Num tweet datado de 12 de outubro, o Papa Francisco destacou a importância desta beatificação, considerando é um sinal para os jovens de que “a verdadeira felicidade vem de colocar Deus em primeiro lugar”.
No entanto, é falsa a alegação de que o corpo do jovem italiano terá sido encontrado “intacto”. De acordo com um comunicado emitido pelo bispo da Diocese de Assis Nocera Umbra-Gualdo Tadino, no dia 1 de outubro, o corpo encontrava-se “no estado normal de transformação, típico do estado de cadáver“.
O sacerdote explicou que o corpo “foi tratado com as técnicas de conservação e integração habitualmente praticadas para expor com dignidade os corpos dos fiéis à veneração dos beatos e santos”. Mais, informou que foi feita uma “reconstrução do rosto com máscara de silicone, particularmente bem-sucedida”.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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