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| - “Não podemos aceitar que, no mesmo período em que o país se debate com a pandemia Covid-19, Castelo Branco tenha mais 40 médicos, Viseu tenha mais 28 médicos, e a Guarda tenha apenas mais sete médicos“, disse Carlos Chaves Monteiro, Presidente da Câmara Municipal da Guarda e novamente candidato pelo Partido Social Democrata, em declarações citadas pelo Jornal do Fundão.
O candidato social-democrata diz ainda que “a forma como o Governo trata a saúde é indigna, é indecorosa“. Na notícia explica-se que esses sete médicos destinados à Guarda faziam parte de 1.073 novas vagas para clínicos no país.
Confirma-se?
No dia 1 de julho deste ano, foi publicado em Diário da República o Aviso n.º 12330-A/2021 que regulamentava o “procedimento concursal conducente ao recrutamento de pessoal médico para a categoria de assistente – áreas hospitalar e saúde pública – carreira especial médica”.
Em anexo seguiam as vagas abertas por especialidade e unidade de saúde. Nesse sentido a Unidade Local de Saúde da Guarda iria receber três médicos de medicina interna, um de ortopedia, um de otorrinolaringologia, um de pneumologia e um de saúde pública. Uma das vagas na especialidade de medicina interna fazia parte da “quota a preencher por pessoa com deficiência”, nos termos do ponto 14.1. No total confirma-se que eram apenas sete novos médicos.
Relativamente à Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, existia uma vaga para anestesiologia, uma para cardiologia, uma para endocrinologia e nutrição, uma para gastrenterologia, uma para ginecologia/obstetrícia, uma para imunoalergologia, duas para medicina interna, uma para ortopedia, uma para otorrinolaringologia, uma para patologia clínica, duas para pediatria, uma para psiquiatria e duas para saúde pública. No total são 16 vagas.
No entanto, o distrito de Castelo Branco conta ainda com o Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, com hospitais na Covilhã e no Fundão. Aí havia uma vaga para anestesiologia, uma para cardiologia, uma para cirurgia geral, uma para dermatovenereologia, uma para estomatologia, uma para gastrenterologia, uma para ginecologia/obstetrícia, uma para imuno-hemoterapia, uma para medicina no trabalho, uma para medicina física e de reabilitação, quatro para medicina interna, uma para medicina nuclear, uma para nefrologia, uma para oftalmologia, uma para ortopedia, uma para otorrinolaringologia, uma para patologia clínica, uma para pediatria, uma para pneumologia, uma para psiquiatria, uma para psiquiatria da infância e da adolescência, uma para radiologia e uma para urologia. São 26 vagas que a juntar às da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco completam 42 vagas.
Quanto a Viseu, foram abertas duas vagas para anestesiologia, uma para cardiologia, duas para cirurgia geral, uma para cirurgia maxilo-facial, uma para hematologia clínica, uma para medicina física e de reabilitação, seis para medicina interna, uma para neurologia, uma para neurorradiologia, uma para oncologia médica, uma para otorrinolaringologia, uma para patologia clínica, três para pediatria, uma para pneumologia, duas para psiquiatria, uma para psiquiatria da infância e da adolescência, uma para radiologia e uma para urologia. Totaliza 28 vagas para o Centro Hospitalar Tondela-Viseu.
A estas vagas podem ser adicionadas as vagas de medicina geral e familiar determinadas no Despacho n.º 6476-F/2021, publicado no mesmo dia. São três postos de trabalho na Guarda e 16 em Castelo Branco. Viseu não tinha nenhuma vaga prevista.
Em suma, o Presidente da Câmara Municipal da Guarda tem razão quando diz que só abriram sete vagas para médicos para a Guarda e que são menos do que em Viseu e Castelo Branco. Assim, a declaração é verdadeira.
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Avaliação do Polígrafo:
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