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| - O vídeo, captado alegadamente numa estação de serviço em Reguengos de Monsaraz, mostra dois indivíduos a utilizar um espaço para lavagem de automóveis para dar banho a um cavalo. A acompanhar esta publicação, um tweet de 29 de junho, é referido ainda que os químicos e a pressão da água podem fazer mal ao animal.
Afinal, o que se passou?
Tendo por base a informação presente na descrição e algumas referências visuais que aparecem no vídeo, o Polígrafo identificou que o posto de abastecimento em questão pertence à marca Prio.
A empresa confirma que “o vídeo que circulou corresponde ao posto de Reguengos de Monsaraz”. “A ‘lavagem’ dos cavalos aconteceu na zona de lavagem dedicada aos automóveis, motociclos, tratores, bicicletas. Não tendo sinalética do que pode ou não ser lavado, parte do bom senso dos utilizadores. Não raras vezes se vê lavagem de selas, carpetes, etc.”, avança a empresa.
No esclarecimento, a Prio refere ainda que “os operadores do posto não têm campo de visão direto para a lavagem”, pelo que este momento que foi captado em vídeo “pode ter passado despercebido” aos funcionários. “Tratando-se de animais deste porte que, por aquelas paragens, andam diariamente na via pública sujeitos a calor extremo, são animais de tração e trabalho, é bem possível que não seja para lavagem propriamente dita do animal, mas sim para refrescar o mesmo”, ressalva.
A publicação sob análise alega ainda que os químicos utilizados para a lavagem dos veículos, assim como a pressão da água, “fazem mal ao animal”. Ao Polígrafo, o Bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, Jorge Cid, confirma que estes produtos “não são apropriados para os animais”.
O veterinário esclarece que “os cavalos devem ser lavados com uma mangueira normal com a pressão igual às que existem nas nossas casas”. E acrescenta: “A higienização diária é feita à base da escovagem e, quando é necessária lavagem, deve utilizar-se shampoos apropriados, após os quais são enxutos com utensílios próprios” – que retiram o excesso de água e a pelagem morta do animal.
Jorge Cid lembra também que “uma máquina automática, além de assustar o animal, pode causar danos ao nível da cabeça ou dos olhos”.
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Avaliação do Polígrafo:
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