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| - “Foi condenado à morte na Síria por pregar o Evangelho e foi rindo para a forca porque sabe que está chegando a sua hora de se encontrar com Cristo. Enquanto isso, para muitos basta uma fofoca dentro da igreja ou uma pequena diferença para abandonar tudo… Meditemos sobre isso”, lê-se num dos posts que exibem a imagem em causa, datado de 15 de novembro.
Na realidade, porém, esta fotografia não foi captada na Síria, nem é recente.
Através de uma pesquisa na aplicação TinEye encontramos a sua origem: Irão, agosto de 2007.
Segundo reportou a BBC na altura, o cidadão iraniano Majid Kavousifar foi executado numa praça de Teerão, por enforcamento, depois de ter sido condenado à pena capital devido ao homicídio do juiz Hassan Moghaddas, dois anos antes.
Hossein Kavousifar, sobrinho de Majid Kavousifar, também foi condenado à morte pelo mesmo crime e executado no mesmo dia, poucos minutos depois do tio. Aliás, a fotografia retrata o momento em que Majid acena e sorri na direção de Hossein que, de acordo com a BBC, estaria nervoso ao aguardar pela sua vez de ser enforcado.
A execução pública foi realizada no exato local (e nos mesmos dia e mês) em que o homicídio do juiz foi perpetrado, em frente a uma imagem de grande formato do juiz assassinado. Uma multidão de centenas de pessoas assistiu ao duplo enforcamento, gritando “Deus é grande” e tirando fotografias com telemóveis.
A BBC também registou “alguns risos” entre os presentes e, em contraste, o visível desespero da mãe de um dos condenados.
Em suma, a imagem não tem qualquer relação com a Síria e não se tratou de uma condenação à morte “por pregar o Evangelho”, além da questão da data. Várias falsidades.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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