About: http://data.cimple.eu/claim-review/9031434b1a142d6eaeedf4730bf77c387de3b27d3f0dadb2d178c7c1     Goto   Sponge   NotDistinct   Permalink

An Entity of Type : schema:ClaimReview, within Data Space : data.cimple.eu associated with source document(s)

AttributesValues
rdf:type
http://data.cimple...lizedReviewRating
schema:url
schema:text
  • No dia 21 de janeiro, o Conselho de Ministros aprovou uma série de novas medidas visando a contenção do agravamento da pandemia de Covid-19, com destaque para a suspensão de todas as atividades letivas e não letivas nas escolas por um período de 15 dias. Em conferência de imprensa realizada no mesmo dia, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, sublinhou que “esta é a geração [em idade escolar] que vai pagar uma fatura muito maior do que a geração mais velha“. “Sabemos que necessariamente vão ter mais problemas de alergologia daqui a 20 anos. Porque vão ser muito mais obesos. Vamos ter problemas oncológicos, respiratórios, cardiovasculares, mentais. Os pediatras vieram agora dizer que era preciso olhar para todas estas componentes. E é por isso que temos de voltar à escola”, declarou Brandão Rodrigues. Esta alegação tem sustentação factual ou fundamento científico? Questionado pelo Polígrafo, João Júlio Cerqueira, médico especialista de Medicina Geral e Familiar, ressalva desde logo que as declarações de Brandão Rodrigues são “difíceis de classificar”, uma vez que ainda é cedo para “estimar os impactos na saúde de ter as crianças em casa durante alguns meses“. Na sua perspetiva, o grande problema para as crianças “será mesmo o risco de pobreza e aumento de desigualdades sociais“, embora considere que continuar a negar que “as escolas são fontes importantes de contágio” é problemático para a gestão da pandemia. Cerqueira remete para um estudo de revisão sobre home schooling (educação escolar em casa), no âmbito do qual não foram encontradas “diferenças significativas em termos de saúde para as crianças neste tipo de regime de aprendizagem” e que, inclusivamente, existem revisões que demonstram que “têm impactos bastante positivos para as crianças no futuro“. No entanto, sublinha que quem escolhe este tipo de ensino “fá-lo porque tem condições e motivação para isso”, o que não será o caso nesta pandemia, “em que tal solução é imposta a todas as famílias“. E faz referência a um outro estudo recente desenvolvido em vários países, ainda em pré-publicação, o qual “demonstra que existem impactos negativos das aulas a partir de casa, tanto nos pais como nas crianças, por causa do confinamento, e que esse impacto poderá manter-se a longo prazo”. No mesmo sentido aponta Rui Nogueira, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar e médico especialista em Medicina Geral e Familiar, considerando ser demasiado cedo para tirar conclusões, uma vez que estamos perante uma situação inédita. Entende porém que “um isolamento de um mês, dois ou três” não é problemático do ponto de vista físico. “Recupera-se depois”, afirma. E descarta as doenças respiratórias, alergias e problemas oncológicos: “A doença oncológica não é um paradigma da juventude. Não iria por aí”. O especialista salienta que os adolescentes “estão em formação” e neste momento estão a ser fortemente condicionados por uma “atividade antissocial que estamos a promover”. Contudo, não crê que seja um problema de relevo, uma vez que é possível “conversar por meios digitais”. “Há sofrimento, claro. Mas consequências não“, afirma Nogueira. A situação muda de figura se houver doenças mentais ou distúrbios de personalidade latentes que acredita que “virão ao de cima nesta fase”, mas conclui que “a situação é demasiado grave” para “tentar arranjar argumentos de que os jovens precisam de conviver”. Por sua vez, Paulo Oom, médico especialista em Pediatria, admite que estas medidas de confinamento “levem, provavelmente, a uma maior percentagem de crianças que desenvolvam excesso de peso e obesidade”. Na opinião deste especialista, o confinamento é benéfico para a prevenção de doenças respiratórias, de entre as quais se destaca a Covid-19. Mas os grandes inconvenientes, sublinha, “são o sedentarismo ou a obesidade, os problemas mentais, ansiedade, depressão e o atraso na aprendizagem”. Como tal, avisa que estas decisões “têm de ser todas tomadas com grande cuidado“. ____________________________________ Avaliação do Polígrafo:
schema:mentions
schema:reviewRating
schema:author
schema:datePublished
schema:inLanguage
  • Portuguese
schema:itemReviewed
Faceted Search & Find service v1.16.115 as of Oct 09 2023


Alternative Linked Data Documents: ODE     Content Formats:   [cxml] [csv]     RDF   [text] [turtle] [ld+json] [rdf+json] [rdf+xml]     ODATA   [atom+xml] [odata+json]     Microdata   [microdata+json] [html]    About   
This material is Open Knowledge   W3C Semantic Web Technology [RDF Data] Valid XHTML + RDFa
OpenLink Virtuoso version 07.20.3238 as of Jul 16 2024, on Linux (x86_64-pc-linux-musl), Single-Server Edition (126 GB total memory, 5 GB memory in use)
Data on this page belongs to its respective rights holders.
Virtuoso Faceted Browser Copyright © 2009-2025 OpenLink Software