schema:text
| - “As autoridades de Saúde estão a utilizar armas de energia direcionadas como medidor de febre para induzir radiação nuclear para tornar a população radioativa e transmitir doenças que afirmam ser surto do novo coronavírus”, alega-se na mensagem da publicação em causa, sublinhando depois que “os termómetros digitais são armas eletromagnéticas direcionadas por energia nuclear”.
Por outro lado garante-se que “a medição correta da temperatura é através do ânus ou de fluidos corporais e não através da testa”.
Esta publicação foi denunciada por utilizadores do Facebook como sendo falsa ou enganadora. Confirma-se?
Questionado pelo Polígrafo, Celso Cunha, virologista e professor no Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, refuta a denúncia da publicação, assegurando que “os termómetros digitais não são armas direcionadas por energia nuclear“.
Nesse mesmo sentido, o virologista garante também que “não há nenhum utensílio, aparelho ou equipamento de venda livre e acessível a qualquer cidadão que utilize energia nuclear”.
Celso Cunha salienta que existem diversas formas de medir a temperatura corporal, “quer com termómetros convencionais, quer com termómetros digitais”. Contudo, os termómetros digitais “tendem a ser mais utilizados por não utilizarem mercúrio e, consequentemente, causarem menos danos ambientais“.
“As opções de medição recomendadas são a axilar, oral, no tímpano e no reto. Qualquer uma destas opções é válida, embora geralmente se considere que as medições retais ou orais sejam um pouco mais precisas. Os tempos de medição também podem variar consoante o local escolhido”, explica.
No portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mais especificamente nas informações relativas à febre, não encontramos qualquer referência sequer à medição da temperatura corporal através de “fluidos corporais”.
________________________________________________
Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
|