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| - “A propósito de populismos. ‘O Rendimento Social de Inserção (RSI) é um financiamento à preguiça’ (Paulo Portas, 9 de agosto de 2009). ‘Há um Portugal que trabalha no duro e há outro Portugal em idade de trabalhar que vive à conta do Estado. Há um Portugal que paga impostos e há outro Portugal que recebe o RSI’ (Paulo Portas, 27 de julho de 2008)”, salienta-se na publicação em causa, mostrando também uma imagem do antigo vice-primeiro-ministro e ex-líder do CDS-PP.
Essas citações são autênticas?
A primeira está plasmada numa notícia da Agência Lusa de 9 de agosto de 2009, reportando então que “o líder do CDS/PP, Paulo Portas, disse hoje, na Figueira da Foz, que o Rendimento Social de Inserção (RSI) é um ‘financiamento à preguiça‘ e fonte de crescentes abusos e fraudes“.
“‘Este país avança com trabalho, avança com aqueles que contribuem para a riqueza da nação, (…) não avança com financiamentos à preguiça’, disse Paulo Portas aos jornalistas, no final de uma acção de campanha no mercado local”, lê-se no artigo. “Paulo Portas reafirmou uma das bandeiras eleitorais do CDS/PP, o ‘compromisso absoluto’ de dar prioridade social aos mais velhos e reformados e ao aumento das pensões de reforma. ‘É aí que é preciso gastar mais e investir melhor, em vez de se andar a gastar dinheiro numa prestação social chamada rendimento mínimo [Rendimento Social de Inserção], que só devia ser dada transitoriamente’, sublinhou. Para o líder centrista, existem ‘cada vez mais abusos, cada vez mais fraudes’, por parte de beneficiários do RSI. ‘Gente que, pura e simplesmente, não quer trabalhar e quer viver a custa do contribuinte‘, acusou”.
A segunda encontra-se numa notícia da Agência Lusa de 27 de julho de 2008, informando então que “Paulo Portas quer [que seja] investigada a atribuição do rendimento mínimo em Portugal”.
“‘Há um Portugal que trabalha no duro e há outro Portugal em idade de trabalhar que vive à conta do Estado. Há um Portugal que paga impostos e há outro Portugal que recebe o rendimento mínimo‘, argumentou. Para o líder do CDS-PP, ‘há ainda um Portugal que luta duramente todos os meses para pagar a prestação de uma casa e há outro Portugal que tem uma casa quase de graça e ainda acha que não pode ou que não deve pagar‘”, lê-se no artigo.
“Paulo Portas, que falava aos jornalistas à margem da apresentação do candidato do CDS-PP à presidência da Câmara Municipal de Vila Viçosa, realçou que ‘não é possível continuar a existir um Portugal que trabalha a custear outro que não faz o esforço suficiente para poder trabalhar‘”, prossegue.
Mais, “‘somos favoráveis a um país justo que premeia o esforço’, adiantou o líder do CDS-PP, ‘um país onde às vezes é tão difícil encontrar um lugar num lar para um idoso, mas onde é tão fácil reivindicar uma casa de graça sem depois se cumprirem obrigações mínimas para a justificar’. Este tipo de situações tem de acabar, salientou o dirigente centrista,’em defesa do Portugal que trabalha, que luta diariamente para conseguir cumprir o seu orçamento, que paga os seus impostos e cumpre com as suas prestações. O Portugal que trabalha vê ao lado pessoas em idade de trabalhar receberem benefícios do Estado e que fazem pouco esforço para conseguir melhorar a sua própria situação’, realçou”.
Confirma-se assim a autenticidade das duas citações.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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