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  • O que será mais poluente: os cigarros ou o plástico? Um artigo publicado em novembro de 2018 – na página brasileira “Lugares Que Eu Gostaria De Ir” – levanta essa questão, garantindo que apesar de um “enorme número de pessoas” acreditar que “o plástico é o principal causador da poluição dos mares”, os cigarros são mais preocupantes e “representam cerca de 1/3 entre todas as coisas que poluem os oceanos”. “O cigarro não faz somente mal ao corpo, mas também se tornou uma real ameaça ao futuro do planeta ameaçando os oceanos”, pode ler-se no artigo, indicando também que nos últimos 32 anos foram “encontrados cerca de 60 milhões” de beatas de cigarro nos mares. Para além disso, “os resíduos de cigarros são encontrados em 70% das aves e 30% [das] tartarugas marinhas”, concluindo que “o plástico é um grande vilão, mas o cigarro ainda consegue fazer um estrago muito maior”. Os números citados no artigo são da Ocean Conservancy, uma organização que se dedica a limpar as praias e os mares, identificando e analisando os resíduos recolhidos. Esta iniciativa realizou-se pela primeira vez em 1986 e anualmente apresenta um relatório sobre a quantidade de lixo apanhado pelas equipas de voluntários. De acordo com os relatórios, desde 1990 – o primeiro ano em que a Ocean Conservancy apresentou um “top-10” dos itens mais encontrados – que as beatas de cigarro ocupam o primeiro lugar da tabela. Nesse ano foram apanhadas 531.828 beatas, o que correspondeu a 12,58% do lixo total. Ao longo de 33 anos, esta iniciativa tem vindo a crescer e conta já com a participação de 108 países, incluindo Portugal, num total de perto de 800 mil voluntários. Segundo o relatório de 2018 foram recolhidos dos oceanos e das praias 20.824.689 itens, dos quais 2.412.151 eram beatas de cigarro. O total de filtros de cigarro que foi recolhido por esta iniciativa ao longo dos anos já ultrapassou os 60 milhões referido no texto, estando acima de 65 milhões. No entanto, o artigo contém uma imprecisão: segundo os relatórios apresentados pela Ocean Conservancy, as beatas de cigarro estão incluídas na categoria de plásticos por conterem microplásticos na sua composição. Ambos os problemas são preocupantes, uma vez que no ano de 2017 o plástico dominou, pela primeira vez, a tabela das recolhas. No caso de Portugal, em 2018 foram recolhidos 4.223.167 itens das praias e dos oceanos, sendo que 353.025 eram beatas de cigarro. No entanto, os pacotes de comida foram o lixo mais encontrado nas praias portuguesas, com 936.998 itens identificados. Portugal participa nesta iniciativa desde 1994, quando contou com a presença de 459 voluntários. No último ano apenas 220 pessoas se juntaram a esta causa. No que toca aos dados avançados pelo artigo sobre a ingestão de filtros de cigarro por parte de aves e tartarugas, os números foram publicados pela NBS News (em agosto de 2018) e dizem respeito aos microplásticos em geral, não apenas às beatas: “As pessoas às vezes despejam o lixo diretamente nas praias mas, mais frequentemente, este segue para os oceanos através de incontáveis escoamentos de águas de rua, riachos e rios em todo o mundo. O lixo frequentemente desintegra-se em microplásticos facilmente consumíveis pela vida selvagem. Investigadores encontraram detritos em perto de 70% das aves marinhas e 30% das tartarugas oceânicas”, pode ler-se no artigo. Também a Ocean Conservancy alerta para o perigo do consumo de plástico por parte dos animais marinhos. No relatório que marcou o 30º aniversário da organização, publicado em 2016, alerta-se que, “utilizando o historial global de dados das publicações das últimas décadas sobre a presença de plástico no estômago de 135 espécies de aves marinhas provenientes de todo o mundo, os autores mostram que a contaminação por plástico está a aumentar, e prevêem que 99% de todas as espécies de aves marinhas irá ingerir plástico em 2050, a menos que algo seja feito para mudar a tendência”. Sobre a opinião de Thomas Novotny (fundador do Cigarette Butt Pollution Project), citada no final do artigo, esta pode ser comprovada através da página oficial da organização. Na explicação da importância dos filtros dos cigarros, o Cigarette But Pollution Project explica que foi transmitida a ideia de que os “cigarros com filtro seriam ‘mais seguros’” para os fumadores, mas “são por natureza ‘defeituosos’”. “Investigadores descobriram partículas de plástico dos filtros ‘caídas’ e alojadas em pequenas vias respiratórias dos fumadores”, explicam. As beatas de cigarro representa um problema que tem gerado polémica em Portugal, sobretudo depois da aprovação do decreto-lei apresentado pelo PAN na Assembleia da República para a penalização dos fumadores que atirem as beatas para o chão. Segundo o diploma, “é proibido o descarte em espaço público de pontas de cigarro, charutos ou outros cigarros contendo produtos de tabaco”, sob a pena de incorrer numa “contraordenação punível com coima mínima de 25 euros e máxima de 250 euros”. *** Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam naquela rede social. Na escala de avaliação do Facebook este conteúdo é: Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “verdadeiro” ou “maioritariamente verdadeiro” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo este conteúdo é:
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