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| - “País cor-de-rosa. Portugal é o 4.º país da Zona Euro e o 8.º da União Europeia com menor poder de compra. Mais um grande feito de António Costa. A Polónia já nos passou e a Roménia vem a seguir. Se não queres um país cada ano mais longe da média europeia, a alternativa é o liberalismo”, escreveu João Cotrim de Figueiredo, líder cessante do partido Iniciativa Liberal, num tweet datado de 16 de dezembro.
Na véspera, dia 15 de dezembro, o Instituto Nacional de Estatística (INE) tinha publicado o mais recente boletim sobre “Paridades de Poder de Compra”, destacando então que “o Produto Interno Bruto per capita, expresso em Paridades de Poder de Compra, situou-se em 75,1% da média da União Europeia em 2021, valor inferior em 1,1 pontos percentuais (p.p.) ao registado em 2020 (76,2%). Portugal ocupava, assim, a 16.ª posição entre os 19 países da Zona Euro e a 20.ª da União Europeia“.
“A Despesa de Consumo Individual per capita, que constitui um indicador mais apropriado para refletir o bem-estar das famílias, fixou-se em 83,6% da média da União Europeia, 0,3 p.p. inferior ao observado ano anterior (83,9%), ocupando a 14.ª posição na Zona Euro e a 19.ª na União Europeia”, informou o INE no mesmo boletim.
“Considerando os valores ordenados por ordem decrescente [no Gráfico 1], observa-se uma elevada dispersão do indicador de volume do PIBpc medido em PPC nos 27 Estados-membros da União Europeia. O Luxemburgo (268,5) apresenta o índice mais elevado entre os 36 países incluídos nesta análise, correspondendo a mais de duas vezes e meia a média da UE27 e quase cinco vezes superior ao da Bulgária (57,5), o país da União Europeia com o valor mais baixo“, detalha.
“Como é visível no gráfico 2, com exceção da Croácia, os países cujas atividades relacionadas com o turismo tinham um peso mais expressivo em 2019 foram dos que apresentaram menor recuperação do PIBpc, medido em PPC, em 2021 face a 2019 (ano anterior à pandemia), sendo Portugal o segundo país mais penalizado“, sublinha.
De resto, “entre os 19 Estados-membros que integram a Zona Euro, Portugal, com um índice de 75,1%, ocupava a 16.ª posição em 2021, tal como no ano anterior, abaixo de países como Espanha (83,3) Estónia (88,9) ou Lituânia (89,3) e à frente da Letónia (71,9), Eslováquia (69,4), e Grécia (63,8), por exemplo”.
Qual é a metodologia utilizada na obtenção destes dados? “Com base em informação sobre preços de um cabaz comum de bens e serviços de 36 países europeus, compilada e trabalhada centralmente, o Eurostat calcula indicadores de Paridades de Poder de Compra (PPC) determinando um numerário artificial comum ‘PPS’ (sigla inglesa para Purchasing Power Standard) com o objetivo de apresentar estimativas para os agregados da despesa ajustados das diferenças de preços relativos. Entre as diversas utilizações desta informação, salienta-se a da identificação das regiões suscetíveis de beneficiarem dos Fundos Estruturais”.
“O INE participa neste exercício através do fornecimento da informação de base sobre Portugal, além da informação referente às Contas Nacionais, recolhe informação sobre Bens de Consumo, Bens de Equipamento, Construção – com inquéritos específicos para esse fim – e informação administrativa sobre Saúde, Salários e Educação”, esclarece-se no documento.
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Avaliação do Polígrafo:
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