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| - Não é verdade que a senadora Eliziane Gama (PSB-MA) foi flagrada em meio aos manifestantes do ato golpista ocorrido no dia 8 de janeiro em Brasília, como afirmam publicações nas redes. A imagem que tem sido compartilhada mostra o momento em que a senadora deixava a reunião do governo de transição em Brasília no dia 9 de dezembro de 2022, data em que a seleção brasileira enfrentou a Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo.
A foto descontextualizada tem sido compartilhada principalmente no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima). O conteúdo também aparece em publicações no Facebook e no Instagram, onde foram compartilhadas centenas de vezes.
Dia 8/1/23 INVASÃO. Adivinha quem é esta pessoa disfarçada de BOLSONARISTA?
Publicações nas redes enganam ao afirmar que uma foto que mostra Eliziane Gama com a camiseta da seleção brasileira de futebol teria sido tirada em 8 de janeiro e provaria que a senadora teria participado da invasão aos Três Poderes “disfarçada de bolsonarista”. A imagem, na verdade, foi registrada em 9 de dezembro de 2022, na saída do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) de Brasília, e publicada pela Folha de S.Paulo.
Naquele dia, Gama participava de uma reunião do governo de transição, que estava sediado no centro cultural. Mais tarde, a seleção brasileira iria disputar as quartas de final da Copa do Mundo contra a Croácia e, por isso, algumas pessoas que compareceram ao encontro estavam vestidas com camisas da seleção.
Não há indícios de que Gama tenha participado da invasão no dia 8 de janeiro. Contatada pelo Aos Fatos, a assessoria afirmou que a senadora estava em sua casa, em São Luís, no momento dos atos golpistas. Em suas redes, ela publicou um vídeo em que mostra sua visita ao Senado na manhã do dia 9: “É um cenário de guerra”, diz a parlamentar na gravação.
A peça de desinformação também erra ao afirmar que o homem que aparece na foto ao lado de Gama é seu segurança. As imagens mostram o delegado Andrei Rodrigues, que, naquele mesmo dia, havia sido escolhido pelo governo de transição como futuro diretor-geral da PF (Polícia Federal).
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