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  • O que estão compartilhando: imagem do jornalista Roberto Cabrini, da TV Record. Uma legenda sobreposta diz: “Governador do Pará barrou jornalista e usou a Polícia Civil para impedi-lo de ir pro Marajó”. Mais abaixo, outra frase: “Urgente: Roberto Cabribi é impedido de entrar na ilha de Marajó para reportagem sobre exploração s3xu@l”. O Estadão Verifica apurou e concluiu que: é falso. Roberto Cabrini e a TV Record negam que o governador do Pará ou a Polícia Civil tenham impedido o jornalista de acessar a Ilha do Marajó para realizar seu trabalho. Algumas postagens compartilham um trecho da reportagem no qual um advogado de um acusado de estupro aborda Cabrini e tenta convencê-lo a não divulgar as imagens da prisão registradas pela equipe. Esse trecho é compartilhado com alegações enganosas sobre o cargo do advogado, sugerindo que ele fosse uma autoridade local. Saiba mais: O jornalista Roberto Cabrini esteve na Ilha do Marajó, no estado do Pará, para uma reportagem investigativa sobre denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes. A matéria foi ao ar no domingo, 25, no programa Domingo Espetacular, da TV Record. Durante a reportagem, a equipe registrou a prisão, feita pela Polícia Civil, de um homem acusado de estuprar uma adolescente na região. O suspeito estava acompanhado por seu advogado. Ele abordou Cabrini na tentativa de tentar convencê-lo a não divulgar as imagens da operação policial (confira aqui, a partir de 3 minutos). O momento da abordagem foi divulgado na reportagem e repercutiu nas redes sociais, sendo distorcido nas postagens e em blogs enganosos. Ao Estadão Verifica, Roberto Cabrini negou que o governador do Pará ou a Polícia Civil do estado tenham tentado impedi-lo de acessar a região e realizar a reportagem. “Nem o governador nem a Polícia Civil dificultaram meu trabalho. A pessoa que aparece nas imagens é um advogado de um acusado de estupro”, explicou Cabrini. A TV Record também se pronunciou diante circulação das postagens enganosas. “Em momento algum o Governador ou Prefeito tentaram nos impedir de qualquer ação durante a reportagem do Roberto Cabrini”, disse Gilson Silveira, gerente de comunicação da emissora. Também procurada, a Polícia Civil do Pará respondeu que “a denúncia não procede e que o jornalista foi recebido e atendido na delegacia, além de ter percorrido diversas cidades do Arquipélago”. Desinformação sobre exploração sexual na Ilha de Marajó volta a circular No dia 15, a cantora gospel Aymeê Rocha, natural de Belém, no Pará, apresentou uma música que cita o desaparecimento de uma criança no Marajó em um reality show. Na ocasião, fez a seguinte declaração: “Marajó é uma ilha a alguns minutos de Belém, na minha terra. Lá tem muito tráfico de órgãos, lá é normal. Lá tem pedofilia em nível ‘hard’ (sic). [...] As criancinhas saem em uma canoa, com 6, 7 anos, e elas se prostituem dentro do barco por 5 reais”. A declaração viralizou nas redes redes sociais, o que impulsionou novas postagens desinformativas sobre crimes na região. Desde então, o Estadão Verifica mostrou que vídeo em que homem beija criança não foi gravado na Ilha do Marajó e que vídeo de carro cheio de crianças foi gravado no Uzbequistão, e não na Ilha do Marajó. Neste último caso, o material foi associado a uma denúncia nunca comprovada da senadora Damares Alves sobre tráfico sexual de crianças na região, como forma de atestar que ela estava certa. Em outubro de 2022, a então ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos no governo Bolsonaro disse em um culto evangélico ter visto imagens que mostram crianças com dentes arrancados, o que facilitaria a prática do sexo oral. Ela disse ainda, na ocasião, que vídeos de estupros de bebês de oito dias seriam vendidos por até R$ 100 mil. As declarações repercutiram e o Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação para apurar as denúncias. Cerca de um ano depois, o órgão afirmou que, mesmo após a mobilização de uma força-tarefa para investigar o caso e de uma grande movimentação de recursos públicos, nenhuma das acusações foi confirmada. O MPF classificou as declarações de Damares como “inverdades e desinformações”. Esclareceu que não pretende negar que haja situações de violação de direitos humanos na região, mas a acusa de se valer de “informações sensacionalistas falsas para, deliberadamente, promover campanha eleitoral em benefício do então presidente da República”. A conclusão levou o órgão a entrar com uma ação civil pública na Justiça Federal pedindo que Damares Alves seja condenada a pagar R$ 2,5 milhões de indenização pelas denúncias infundadas. Procurado pelo Estadão Verifica, o MPF disse que o caso está sob sigilo. À época das denúncias de Damares, o Estadão analisou o material fornecido por sua assessoria que comprovariam as denúncias, mas não encontrou registro do que ela havia afirmado. Ministro pede que AGU investigue redes de desinformação Os casos de violência sexual são uma realidade na Ilha do Marajó, o que levou o governo federal a lançar, em 2023, o programa Cidadania Marajó, para enfrentar a exploração e o abuso de crianças e adolescentes. No último dia 24, no entanto, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, pediu à Advocacia-Geral da União (AGU) que atue na “identificação de redes de desinformação, que criam desordem informacional” sobre o Marajó. “A gente não vai admitir que oportunistas utilizem as mazelas, os problemas que existem no Marajó para criar pânico moral, associar os moradores com o problema gravíssimo e que, de fato, é um problema do Brasil, que é o problema do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes”, disse o ministro, em vídeo publicado nas redes sociais. Também recentemente, após a declaração da cantora Aymeê sobre tráfico de órgãos e pedofilia na Ilha do Marajó, o Ministério Público do Estado do Pará divulgou nota dizendo que, apesar de a ilha sofrer com casos de abuso sexual, denúncias de tráfico de órgãos não foram comprovadas.
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