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| - “Parece que andamos a mentir aos portugueses, mas é o Bloco de Esquerda que anda a mentir aos portugueses. Vou-lhe dar vários exemplos. Antecipação da idade da reforma dos enfermeiros. Bloco de Esquerda não votou a favor. (…) Revisão salarial dos profissionais dos setores da saúde. Apenas o Chega votou a favor de esta proposta. (…) Redução dos salários dos políticos. Bloco de Esquerda votou contra”, declarou André Ventura no debate na SIC, enumerando várias propostas parlamentares apresentadas pelo Chega que o BE teria chumbado.
Mas será verdade que o partido que apoia a candidata presidencial Marisa Matias votou contra a redução salarial dos políticos?
Em janeiro do ano passado, o Chega submeteu uma alteração ao Orçamento do Estado 2020, propondo a redução em 12,5% do salário dos políticos. “O vencimento mensal ilíquido dos titulares de cargos políticos é reduzido a título excecional em 12,5 %”, pode ler-se no diploma apresentado pelo Chega.
Na introdução, o deputado explica que a aprovação da medida seria “um gesto de solidariedade muito concreto da classe política para com os mais pobres”.
“Num país onde se morre numa lista do SNS à espera de um ato médico, onde os polícias para defender as suas vidas precisam de tirar do seu orçamento familiar para comprar coletes aprova de bala, onde cada vez mais pessoas vivem na rua, onde idosos deixam de comer para poderem comprar medicamentos; não é justo que os políticos não sejam solidários para com estes portugueses“, lê-se ainda no documento do partido liderado por André Ventura.
“Num país onde se morre numa lista do SNS à espera de um ato médico, onde os polícias para defender as suas vidas precisam de tirar do seu orçamento familiar para comprar coletes aprova de bala, onde cada vez mais pessoas vivem na rua, onde idosos deixam de comer para poderem comprar medicamentos; não é justo que os políticos não sejam solidários para com estes portugueses”, lê-se ainda no documento do partido liderado por André Ventura.
A proposta foi, porém, chumbada por todos os partidos. Assim sendo, é verdade que o BE – tal como os restantes partidos – votou contra a iniciativa apresentada por André Ventura.
Nos primeiros dias de 2020, o líder do Chega tinha falado num corte de valor mais baixo, entre 5 a 7,5%, como foi relatado pela imprensa. “Dirão que é populismo e demagogia. Eu não aceito que os deputados tenham o vencimento que tenham num momento em que os médicos ou as chefias da administração interna e outros lutam por um salário digno”, declarou o deputado, quando anunciou que iria votar contra esse Orçamento do Estado.
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Avaliação do Polígrafo:
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