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| - “Documento oficial de estudos clínicos da Pfizer mostra que a vacina contra o coronavírus altera o DNA por causa do mRNA que é injetado nas pessoas. Quem fizer sexo e engravidar, a criança nasce com malformação e com DNA corrompido! Isso está no documento da própria Pfizer”, alega-se na publicação em causa, exibindo um vídeo demonstrativo dos pretensos factos ou provas.
Na realidade, porém, não há qualquer menção no relatório da Pfizer quanto a possíveis problemas na gestação. Os testes para a vacina não incluíram mulheres grávidas nem em lactação, um procedimento que é considerado padrão em qualquer ensaio clínico.
“Em qualquer estudo clínico que não prevê a participação de gestantes, existe a recomendação para o uso de métodos contraceptivos eficazes. Essa é também uma exigência das comissões de ética”, explicou fonte oficial da Pfizer, em resposta à Estadão Verifica, plataforma brasileira de fact-checking.
A empresa farmacêutica assegurou que não houve qualquer registo de infertilidade ou de problemas associados à reprodução entre os voluntários do estudo.
Por outro lado, tal como o Polígrafo já verificou, não há qualquer evidência de que a vacina “altere o DNA”.
Miguel Castanho, investigador do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, esclarece que “o código genético humano é constituído por DNA e não RNA” e que “as células humanas não convertem RNA em DNA, pelo que é impossível ao RNA reescrever o código genético”.
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