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| - Foi divulgado nas redes sociais um vídeo que alegadamente retrata um momento do combate entre as tropas russas e ucranianas. A suposta gravação, que soma 1,1 milhões de visualizações desde a sua publicação no Facebook, a 18 de fevereiro, mostra o lançamento de mísseis e disparos de armas contra um avião não identificado, numa zona costeira, ao cair da noite. A publicação não refere onde ou quando as imagens foram captadas.
Ao contrário do veiculado, as imagens não mostram um momento do conflito. O vídeo é uma simulação digital divulgada em janeiro de 2021 no canal de YouTube Compared Comparison. De acordo com a descrição, o canal pertence a um “jogador entusiasta” (que diz não pretender “glorificar a guerra”), que faz simulações militares, “modernas e realísticas”, utilizando o “ARMA 3”, um jogo tático-militar desenvolvido pela Bohemia Interactive, um estúdio independente de jogos com sede em Praga, na República Checa.
[A simulação feita com o “ARMA 3”, tal como publicada no YouTube:]
A data da publicação do vídeo, explicitamente identificado como uma simulação, 1 de janeiro de 2021, sugere que este não foi de algum modo inspirado pelo conflito russo-ucraniano, que só começou mais de um ano depois. Vladimir Putin deu a ordem de invasão da Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, alguns dias depois da própria divulgação das imagens no Facebook como retratando o conflito.
Conclusão
O vídeo divulgado no Facebook não mostra um momento do combate entre russos e ucranianos. Trata-se de uma simulação militar feita com o jogo ARMA 3, desenvolvido por um estúdio independente de Praga, na República Checa, e partilhada no YouTube por um “jogador entusiasta” que se dedica a este tipo de vídeo. A data da sua publicação do vídeo, 1 de janeiro de 2021, sugere que não foi de algum modo inspirado pelo conflito russo-ucraniano.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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