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  • Não há evidências de que as mortes de seis voluntários ao longo dos testes da vacina contra Covid-19 da Pfizer foram causadas pela imunização. Quatro desses óbitos foram de pessoas que estavam no grupo de controle, que recebe um placebo, e não foram encontrados indícios de que os outros dois casos tenham relação com o medicamento, segundo a FDA (Food and Drug Administration, agência reguladora dos EUA). A falsa informação (veja aqui) aparece em mensagem no Facebook publicada no dia 9 de dezembro e que já foi compartilhada mais de 1.600 vezes. Os conteúdos foram marcados com o selo FALSO na ferramenta de verificação da plataforma (saiba como funciona). A Vacina da Pfizer utiliza a tecnologia de RNA Mensageiro - algo NUNCA utilizado em massa em população de país algum. Até aqui, ocorreram 6 mortes com a vacina, mas ‘as pessoas não precisam se preocupar, tá tudo certo, viu?’. Que alívio, hein… #SQN Circula nas redes sociais uma mensagem enganosa que diz que a vacina contra a Covid-19 produzida pela Pfizer e pela BioNTech teria sido responsável pela morte de seis pessoas. As postagens citam como fonte da informação a revisão publicada pela FDA (Food and Drug Administration, agência reguladora americana) sobre a imunização, mas omitem que quatro dessas seis mortes ocorreram no grupo de controle e que a própria agência não encontrou correlação entre os outros dois óbitos e a vacina. Conforme pode ser verificado no documento original, a FDA aponta que seis dos 43.448 voluntários dos testes morreram, sendo que dois deles estavam no grupo que recebeu o imunizante e quatro no do placebo. Segundo o documento, uma das mortes registradas no grupo que tomou a vacina foi causada por parada cardíaca 62 dias após a segunda dose e a outra, por aterosclerose ⏤ acúmulo de gordura em uma artéria ⏤ três dias após a primeira dose. Os dois voluntários tinham mais de 55 anos. A FDA afirmou no documento que “todas as mortes representam eventos que ocorrem na população geral das faixas etárias em que ocorreram, em taxas semelhantes” e que não há relação entre a imunização e as fatalidades. Poucos dias após a publicação do documento, os EUA aprovaram o uso emergencial da vacina da Pfizer, com o aval da FDA. Iniciada na última segunda-feira (14), a vacinação pretende atingir 20 milhões de americanos no primeiro mês de aplicações. Vacinas de RNA. É verdadeira, no entanto, a informação de que o imunizante da Pfizer utiliza uma tecnologia que ainda não tinha sido aplicada em humanos. A técnica de usar moléculas de DNA ou RNA do Sars-CoV-2 foi adotada por algumas farmacêuticas por ser um método mais rápido de produção de vacinas. A tecnologia em si não é nova: ela vem sendo pesquisada desde a década de 1990 e foi estudada para combater outras doenças, como gripe, zika e raiva. Origem. A mensagem enganosa foi publicada pelo médico e editor do site Manhood Brasil, Alessandro Loiola, em seu perfil no Facebook, no dia 9 de dezembro. O Aos Fatos entrou em contato com o médico pelo e-mail de contato disponibilizado em seu portal, para que ele pudesse comentar a checagem, mas não recebeu resposta até a publicação. Desinformações semelhantes circulam nas redes americanas desde a publicação do documento da FDA. Uma delas foi desmentida pelo Politifact e pela Reuters. No Brasil, o Estadão Verifica também publicou uma checagem sobre o assunto. Referências: De acordo com nossos esforços para alcançar mais pessoas com informação verificada, Aos Fatos libera esta reportagem para livre republicação com atribuição de crédito e link para este site.
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