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| - É falso que Moraes e Lewandowski tenham se encontrado com Zé Dirceu em NY
É falso que os os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski tenham participado de um suposto "encontro casual" nos Estados Unidos com José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil (2003-2005) no primeiro mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como afirma uma publicação nas redes sociais.
Quem aparece nas imagens é Luiz Fernando Furlan, ex-ministro de Lula e executivo do Grupo Lide, que promoveu a Brazil Conference New York em 14 e 15 de novembro. Moraes e Lewandowski viajaram aos EUA para participar do evento, do qual José Dirceu não participou.
Tanto o STF quanto a assessoria de imprensa do grupo Lide confirmaram que quem aparecia na gravação era Furlan.
O que diz a publicação? "Dois ministros do STF em encontro íntimo e casual com Zé Dirceu, condenado por corrupção pela justiça do Brasil há (sic) mais de 30 anos de prisão."
O que o vídeo mostra?
- Moraes, acompanhado da esposa, Viviane, e Lewandowski se encontra com Furlan (que a publicação falsa diz ser Dirceu) no looby do hotel
- Furlan bate no relógio e diz: "19h30 lá"; Moraes responde: "Nos falaram que era às 20h15";
- Em seguida, eles se encaminham à saída; Lewandowski e Furlan evitam a câmera;
- A mulher que está filmando pergunta para Moraes: "Com licença, eu tenho uma pergunta: Como você se sente sobre fazer um discurso sendo que você está excluindo todas as pessoas?" (na tradução livre em inglês).
- Moraes não responde e, acompanhado por um segurança, segue caminhando.
Publicada no Facebook há quatro dias, a gravação acumula mais de 390 mil visualizações, 9.100 reações, 12 mil compartilhamentos e dois comentários.
Condenações de Dirceu:
Zé Dirceu foi realmente condenado a 30 anos de prisão, como diz a publicação viral, pelos crimes de:
- Lavagem de dinheiro;
- Corrupção ativa e
- Organização criminosa.
Ele chegou a ser preso em maio de 2018, mas foi solto um mês depois. Hoje, aguarda em liberdade o julgamento em instâncias superiores.
O UOL Confere aplica o selo falso em conteúdos que não têm amparo em fatos e podem ser desmentidos de forma objetiva.
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