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| - Uma notícia, no mínimo, surpreendente dada pela Sky News: “Onda de calor do Reino Unido: vacinas podem ser o caminho para combater a crise climática.” Depois do título polémico, segue-se um texto onde se alega que a vacina contra a nova “variante Centauros” — que é, na verdade uma subvariante já reportada em alguns países como o Reino Unido — é uma das formas de combater as vagas de calor que assolaram o país do Brexit recentemente. Trata-se, no entanto, de uma publicação falsa.
Olhando para o contexto em que esta alegada notícia surge nas redes sociais — ou seja, no passado dia 21 de julho — pode dizer-se que surgiu quase na mesma altura das ondas de calor que ocorreram no Reino Unido, onde foram ultrapassadas temperaturas de 40º graus.
No entanto, numa pesquisa no site da Sky News (um dos órgãos de comunicação social de referência daquele país) por notícias do género, não é possível qualquer resultado semelhante. Aliás, olhando para a imagem, não é possível perceber como o artigo chega a conclusão de que uma ferramenta vital para combater a propagação do novo coronavírus poderia ajudar a resolver o problema das alterações climáticas. Nem um especialista surge no texto para defender aquilo que é divulgado pelo autor da publicação original — nem no site nem nas redes sociais do canal de televisão britânico ou sequer em motores de busca como a Google. A isto, associa-se a ausência de um link credível na própria publicação original onde se pudessse consultar toda a informação sobre aquilo que foi alegadamente reportado pela Sky News.
Por outro lado, vários fact-checkers internacionais, desde a agência Reuters ao Check Your Fact, desmentiram a publicação original. A Sky News chegou mesmo a confirmar à Reuters não ter publicado qualquer texto relacionado com o tema.
Conclusão
Não há nenhuma razão para acreditar que o canal britânico Sky News tenha publicado uma notícia onde garanta que as vacinas contra a Covid-19 são uma arma útil para combater as alterações climáticas. Não é possível encontrar qualquer artigo no site do canal britânico nem nas suas redes sociais oficiais. Outros fact-checkers internacionais já tinham verificado esta publicação, considerando-a como falsa.
Assim, segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de factchecking com o Facebook.
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