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  • Completou-se, há poucos dias, o 33.º aniversário sobre o primeiro grande desastre da história da exploração espacial. Para assinalar a data sobre a desintegração do vaivém Challenger, uma publicação no Facebook relembra a fatalidade, mas sugere que o acidente foi, afinal, uma encenação, e que todos os tripulantes da nave estão vivos, bem de saúde, e a levar, em frente, vidas ativas. [facebook url=”https://www.facebook.com/deanodleministries/posts/2037602729609333?__tn__=-R”/] A revelação é o gatilho que faz disparar reações distintas: os que se riem do ridículo da teoria; os que questionam como é possível aquelas pessoas estarem vivas quando o desastre foi transmitido em direto, para o mundo inteiro; e os que acreditam naquele conteúdo, que se faz acompanhar de provas, aparentemente, irrefutáveis. O alegado autor do texto da publicação garante que encontrou a astronauta Judith Resnik, que ia a bordo da Challenger, no site da escola de Direito da universidade de Yale, no estado de Connecticut, nos Estados Unidos. Porém, o post vai mais além: apresenta, lado a lado, fotografias do passado e do presente dos astronautas, oficialmente, mortos. Na verdade, a publicação, viral, já é mais antiga do que parece. Corre a Internet desde 2015, e os alegados astronautas da atualidade são apenas sósias dos cinco homens e duas mulheres que morreram, resultado da desintegração do vaivém espacial Challenger, em 1986. O rumor, analisado pelo site Politifact, vai sendo desmontado, à medida que se aprofunda a pesquisa. As pessoas apresentadas jamais podem ser os astronautas envolvidos na tragédia, até porque têm carreiras muitos diferentes das dos tripulantes, em pontos geográficos distintos. Por exemplo, a alegada Judith Resnik encontrada na Internet, é professora de Direito na escola de Yale, desde 1970. O Polígrafo consultou o currículo da docente, que em 1980 já tinha publicado diversos artigos científicos em jornais de Direito. As publicações continuam nos anos de 1884 e 1985 e, até, em 1986, o ano da viagem trágica. Ora, praticamente ao mesmo tempo, no início da década de 80, a Judith astronauta estava a estudar Engenharia Elétrica, e já colaborava com a NASA. Portanto, é impossível as duas mulheres serem a mesma. Têm, apenas, um nome igual e algumas semelhanças físicas. A história repete-se com outras três pessoas apresentadas como sobreviventes da tragédia. Quanto aos outros dois astronautas que a publicação dá como vivos, eles são, na verdade, irmãos dos astronautas mortos: Carl McNair e Claude Onizuka, publicamente conhecidos por concederem entrevistas sobre o acidente que envolveu os irmãos. A tragédia com o Challenger teve lugar a 28 de janeiro de 1986. O vaivém partia pela 10.ª vez em direção ao Espaço, mas nunca lá chegou. A nave desintegrou-se 73 segundos depois de descolar, a partir do estado da Flórida, nos Estados Unidos. O acidente foi causado por um problema numa peça de borracha que vedava um dos motores de propulsão do vaivém. A avaria provocou um incêndio que, quando se alastrou aos tanques de combustível, gerou a explosão gigante, transmitida em direito pela cadeia de televisão CNN. A cápsula onde seguiam os setes tripulantes despenhou-se no oceano Atlântico. Embateu na água a uma velocidade superior a 300 km/h. Nunca se percebeu se a morte dos astronautas foi causada pela explosão ou pelo embate na água. Avaliação do Polígrafo:
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