schema:text
| - Uma foto de 2011 que mostra imigrantes bengalis após cruzarem a fronteira da Líbia com a Tunísia tem circulado nas redes sociais (veja aqui) como se retratasse venezuelanos fugindo do governo de Nicolás Maduro. O registro foi feito na época pelo fotógrafo espanhol Emilio Morenatti e veiculado pela agência de notícias AP (Associated Press).
Posts com a atribuição enganosa da foto reuniam ao menos 43.500 compartilhamentos no Facebook até a tarde desta terça-feira (29) e foram marcados com o selo FALSO na ferramenta de verificação da plataforma (saiba como funciona).
Diferentemente do que alegam as postagens checadas, a foto não mostra venezuelanos fugindo da "ditadura de Nicolás Maduro", mas um grupo de imigrantes de Bangladesh que havia acabado de cruzar a fronteira da Líbia com a Tunísia em direção a um campo de refugiados. A imagem foi registrada em março de 2011 pelo fotógrafo espanhol Emilio Morenatti e disponibilizada pela agência de notícias AP (Associated Press).
A foto retrata centenas de bengalis que trabalhavam na Líbia e que, com a eclosão da guerra civil naquele país, fugiam para a Tunísia na esperança de retornar para Bangladesh. Ao contrário dos imigrantes de países como Egito, Vietnã e China, cujos governos rapidamente se mobilizaram pela repatriação, os bengalis se queixavam da lentidão das autoridades.
Embora a foto esteja fora de contexto, a Venezuela é hoje o segundo país com maior número de deslocados no mundo, depois da Síria, segundo a ACNUR (Agência das Nações Unidas para os Refugiados). Cerca de 5,4 milhões de venezuelanos deixaram suas casas e estão vivendo na condição de refugiados ou imigrantes.
A Colômbia é o país que abriga o maior contingente, cerca de 1.742.000 de pessoas. Na sequência vem o Peru (1.049.000), Chile (457.300), Equador (431.000) e o Brasil (261 mil).
|