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  • “No editorial, a ONU elogia os ‘benefícios da fome no mundo‘: ‘Às vezes falamos da fome no mundo como se fosse um flagelo que todos nós queremos ver abolido, encarando-a como comparável à peste ou à SIDA. Mas essa visão ingénua impede-nos de entender o que causa e sustenta a fome. A fome tem um grande valor positivo para muitas pessoas’, escreveu o professor George Kent, da Universidade do Hawaii”. Este é apenas um exemplo das múltiplas publicações nas redes sociais – sobretudo com origem no Brasil – que estão a destacar um artigo publicado em 2008 na revista “UN Chronicle”, da Organização das Nações Unidas (ONU), como prova de que a ONU criou ou promove “a fome mundial”. Neste caso específico leva-se ainda mais longe a teoria da conspiração, ao concluir-se (no título de um artigo partilhado no mesmo post) que as “Nações Unidas admitem que a fome mundial é necessária para implementar ‘A Grande Reinicialização‘”. “É bom estar com fome, de acordo com os planeadores centrais. O pessoal da ONU parou de destruir o mundo por alguns minutos para publicar um artigo (instantâneo a seguir) justificando o seu comportamento e explicando os ‘benefícios‘ advindos da fome mundial que eles criaram. Eu não estou inventando isso… O artigo de conteúdo infame pemaneceu no site da ONU por mais ou menos um dia, antes de ser excluído depois de se tornar viral nos media sociais, com pessoas horrorizadas com o mal apregoado verdadeiramente inacreditável”, descreve-se noutro exemplo de publicação, neste caso remetendo para um artigo com o seguinte título: “Famintos? Os ‘benefícios da fome’ de acordo com os planeadores centrais.” Também estão a ser difundidas imagens do controverso artigo, salientando que a ONU “excluiu” o “estranho artigo que celebra os ‘benefícios da fome mundial’ após reação contrária”. Tudo no mesmo sentido ou ideia: a ONU criou ou promove “a fome mundial”, através de “planeadores centrais”, para “implementar ‘A Grande Reinicialização'” ou qualquer outro plano oculto e maquiavélico dos “poderes globalistas”. O artigo em causa foi recentemente apagado do site da ONU, de facto, mas ainda pode ser consultado em modo de arquivo. Foi publicado em 2008 na revista “UN Chronicle”, embora nas redes sociais não se faça referência à data na maior parte das publicações que detetámos. O autor, George Kent, professor de Ciência Política da Universidade do Hawaii, EUA, escreveu que “a fome tem um grande valor positivo para muitas pessoas. De facto, é fundamental para o funcionamento da economia mundial“. “Para aqueles de nós que estamos no extremo superior da escala social, acabar com a fome ao nível mundial seria um desastre. (…) Não é de estranhar que as pessoas com mais privilégios não se apressem para resolver o problema. Para muitos de nós, a fome não é um problema, mas algo positivo”, conclui, num texto claramente satírico. Mas este texto e sobretudo o título – “Os benefícios da fome mundial” – estão a ser interpretados de forma literal. Perante a controvérsia gerada nas redes sociais, a 6 de julho de 2022, em resposta a uma crítica no Twitter, a revista “UN Chronicle” explicou que tinha apagado o artigo devido a essa interpretação literal (errada) que está a servir para propagar desinformação nas redes sociais. “O artigo foi publicado na ‘UN Chronicle’ há 14 anos, como uma tentativa de sátira, e nunca foi suposto ser interpretado literalmente. Fomos informados das suas falhas, mesmo enquanto sátira, e retirámo-lo do nosso site“, assegurou (tradução livre a partir do original em língua inglesa). Contactado pela AFP Checamos, o próprio Kent, autor do texto, contrapôs que “não estava a tentar ser engraçado. Não me lembro de nenhuma menção à sátira quando enviei o artigo nem em nenhum outro momento desde então”. De acordo com a referida plataforma de verificação de factos, “Kent disse que o artigo tinha a intenção de explicar que, para algumas pessoas, é interessante manter a fome em grandes setores da população. ‘É importante ver como a fome e a pobreza beneficiam quem não tem fome nem é pobre. O meu artigo de 2008 pretendia chamar a atenção para esse tema‘, explicou”. “Ele reiterou que o objetivo era pedir que se reconheça o facto de que algumas pessoas podem resistir aos esforços para acabar com a fome porque beneficiam dela”, acrescenta a AFP Checamos. _________________________________ Avaliação do Polígrafo:
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