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| - Musk não divulgou documentos sobre tentativa de fraudar eleições no Brasil
Uma publicação falsa compartilhada nas redes sociais tem o seguinte título: "Elon Musk divulga documentos que revelam que o Twitter ajudou a fraudar eleições brasileiras para a CIA".
- Na verdade, o bilionário apenas respondeu a um tuíte afirmando --sem provas-- que, se as reclamações sobre as eleições brasileiras fossem verdadeiras, seria possível que a plataforma tivesse beneficiado candidatos de esquerda.
- O próprio texto da publicação cita apenas o tuíte do bilionário, sem apresentar qualquer documento que comprove a falsa afirmação.
- O diálogo ocorreu no contexto de uma série de reportagens apelidadas de "Twitter Files", que revelam uma suposta atuação da plataforma a favor do Partido Democrata. Porém, as matérias não citam as eleições no Brasil ou possibilidade de fraude.
Veja a troca de mensagens em inglês e, na sequência, a tradução livre para português:
- @OzraeliAvi: Ei @elonmusk. Você pode descobrir quais outras eleições foram "manipuladas" pela antiga gestão do Twitter? Obrigado, O resto do mundo.
- @elonmusk: Tenho visto muitos tweets preocupantes sobre as recentes eleições no Brasil. Se esses tweets forem precisos, é possível que o pessoal do Twitter tenha dado preferência a candidatos de esquerda.
Outras informações que desmentem o post:
- Não há evidências de fraude nas eleições brasileiras. No mês passado, a Polícia Federal endossou a conclusão de outros órgãos de fiscalização e disse não ter encontrado nenhuma ocorrência nem tentativa de fraude às urnas eletrônicas nos dois turnos das eleições deste ano;
- O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), foram diplomados em cerimônia no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O evento atesta a lisura e formaliza o resultado oficial das eleições.
Compartilhada no último dia 7, a desinformação registra 10,6 mil curtidas, 4.098 retweets e 95 tweets com comentário.
O UOL Confere aplica o selo falso a conteúdos que não têm amparo em fatos e podem ser desmentidos de forma objetiva.
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.
Fabíola Cidral conta como reconhecer logo de cara uma fake news
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