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| - Um vídeo publicado em uma página pessoal no Facebook afirma, de maneira falsa, que um entrevistado do Datafolha declarou voto em Jair Bolsonaro (PSL), mas teve o voto computado no adversário, Fernando Haddad (PT). Na verdade, segundo o instituto, a pesquisadora que aplicou o questionário cometeu um erro, que foi corrigido. O entrevistado, segundo o Datafolha, teve o voto computado em Bolsonaro.
Segundo o Datafolha, a pesquisadora que aparece no vídeo “aplicou incorretamente a questão P1, sobre intenção de voto, registrou corretamente a questão P2, sobre o número da legenda, e ao aplicar a questão P3, que está ligada automaticamente à questão P1, ela notou o erro”.
Compartilhado mais de 6.500 vezes, o vídeo teve cerca de 63 mil visualizações. Denunciado por usuários do Facebook, o conteúdo foi marcado por Aos Fatos com o selo FALSO na ferramenta de checagem da rede social (entenda como funciona).
Datafolha computou para Haddad voto declarado em Bolsonaro
Segundo o instituto, a cena aconteceu em 17 de outubro, na cidade de Ivaiporã (PR). No início do vídeo, o entrevistado afirma ter declarado voto em Bolsonaro, mas diz que o tablet usado pela pesquisadora computou o voto em Haddad. A pesquisadora, então, liga para a central do Datafolha a fim de entender o que havia ocorrido.
Após o contato com a central, segundo o Datafolha, “a pesquisadora constata que o erro na questão 3 foi causado por um erro de aplicação dela na questão 1, ao qual está vinculada. Portanto, não se tratava de uma falha do sistema, mas de aplicação, e ela então corrige a informação (essa parte não é mostrada no vídeo)”.
A questão 1 era a intenção de voto. A questão 3 questionava por que o entrevistado havia escolhido o candidato da pergunta 1, por isso que o entrevistado percebeu que a resposta dele havia sido computada errada. O Datafolha afirma que “o entrevistado, após conversar com a pesquisadora sobre o problema e ter acompanhado o procedimento para verificar eventual falha de sistema e aplicação, aceitou continuar a entrevista, ou seja, suas opiniões estão na amostra do estudo finalizado no dia 18 de outubro (essa parte também não é mostrada no vídeo)”.
O instituto também disse que “checa, por telefone ou escuta, 30% do material de cada pesquisador” e que “caso sejam encontrados questionários em desacordo, todos os questionários desse pesquisador são cancelados”.
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