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| - Na semana passada a Assembleia da República aprovou a proposta que obriga à suspensão da projetada linha circular do metro de Lisboa. A medida foi apresentada pelo PAN e foi viabilizada com o voto favorável do PSD, BE, PCP, PAN e PEV, a abstenção da iniciativa Liberal, do CDS e do Chega e o voto contra dos socialistas.
A proposta agora aprovada determina que que o Governo “procede, durante o ano de 2020, à suspensão do projeto de construção da Linha Circular do Metropolitano de Lisboa”, acrescentando que “durante o ano 2020” o Governo realiza, “através do Metropolitano de Lisboa, um estudo técnico e de viabilidade económica, que permita uma avaliação comparativa entre a extensão até Alcântara e a Linha Circular”.
A votação do Bloco de Esquerda é coerente com várias declarações públicas que Catarina Martins tem vindo a fazer há muito. Mas é totalmente contrária ao sentido das votações do partido na Câmara Municipal de Lisboa, onde a questão da suspensão da linha circular foi várias vezes a votos na Assembleia Municipal. E em nenhuma ocasião o Bloco de Esquerda votou favoravelmente a suspensão – bem pelo contrário, manifestou-se contra ela (veja aqui). Uma curiosidade: uma das três representantes do BE na Assembleia Municipal de Lisboa, Isabel Pires, é também deputada do partido na Assembleia da República – ou seja, na câmara vota de uma forma; no Parlamento, vota de outra.
Uma curiosidade: uma das três representantes do BE na Assembleia Municipal de Lisboa, Isabel Pires, é também deputada do partido na Assembleia da República – ou seja, na câmara vota de uma forma; no Parlamento, vota de outra.
Questionado pelo Polígrafo SIC, o Bloco de Esquerda não nega que assim seja. E explica desta forma a aparente contradição: “O Bloco sempre alertou para o erro que representaria a construção da linha circular, enquanto uma parte significativa do concelho permanecia praticamente sem acesso a transportes. O voto do Bloco na Câmara de Lisboa é justificado precisamente pela garantia, inscrita no acordo de governação por proposta do Bloco, de que o metro chegará à zona ocidental da cidade. O Bloco orgulha-se deste contributo para responder à falta de transportes que afeta 100 mil pessoas na zona ocidental de Lisboa.”
Avaliação do Polígrafo:
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