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| - “A petrolífera saudita Aramco, no segundo trimestre deste ano, teve um lucro recorde de 47 mil milhões de euros“, destaca-se num post de 15 de agosto no Facebook, para depois questionar: “Isto serão crimes contra a humanidade? Qual será a opinião dos consumidores de combustíveis?”
O Polígrafo recebeu pedidos de verificação deste conteúdo e, como tal, confere se o valor indicado tem fundamento.
No último relatório de contas provisório da Saudi Aramco, divulgado no dia 14 de agosto, confirma-se que a empresa de energia (detida em 95% pelo Governo da Arábia Saudita), além de destacar os lucros avultados de nações onde o gás e o petróleo proliferam, obteve lucros na ordem dos 47 mil milhões de euros, cerca de 48 mil milhões de dólares norte-americanos.
“O lucro líquido do segundo trimestre de 2022 foi de 181.643 milhões de SAR [Rial, moeda saudita], o que compara com 95.465 milhões de SAR (25.458 milhões de dólares) para o mesmo trimestre de 2021″, informa-se. Fazendo uma conversão simples, 181.643 milhões de SAR equivalem a cerca de 47.600 milhões de euros.
De acordo com a Saudi Aramco, o aumento pode ser em grande parte atribuído à subida dos preços do petróleo e dos volumes vendidos. O crescimento de 90% face ao período homólogo do ano anterior representa um novo recorde de lucro trimestral para a companhia saudita e aquilo que o jornal britânico “The Guardian” acredita ser um dos maiores lucros trimestrais da História.
Somando estes valores aos conseguidos no primeiro trimestre deste ano, a Saudi Aramco arrecadou cerca de 86 mil milhões de euros na primeira metade deste ano, o que compara com 46 milhões no mesmo período de 2021. Para Amin H. Nasser, presidente executivo da companhia petrolífera saudita, é provável que os lucros continuem a crescer devido à elevada procura, o que pode compensar antecipadamente uma possível queda em 2023, quando se prevê que muitas economias industriais entrem em recessão.
“Embora a volatilidade do mercado global e a incerteza económica permaneçam, os eventos durante a primeira metade deste ano apoiam a nossa visão de que o investimento contínuo neste setor é essencial – tanto para ajudar a garantir que os mercados continuam bem abastecidos como para facilitar uma transição energética ordenada“, sublinhou a empresa através de um comunicado.
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Avaliação do Polígrafo:
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