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| - Não é verdade que o inverno de 2019 no Brasil será o “mais frio dos últimos cem anos”, como afirmam diversas publicações com milhares de compartilhamentos nas redes sociais. A desinformação foi desmentida por institutos meteorológicos, como o Climatempo, e tem origem em um boato que surgiu na internet no ano passado.
Desta vez, posts com a informação enganosa apareceram em sites como o Bangu ao Vivo, que obteve mais de 7.000 compartilhamentos no Facebook. Alertado por Aos Fatos sobre a desinformação, a página informou ter retirado o conteúdo do ar. Porém, permanecem no Facebook postagens com a desinformação. Todas foram marcadas com o selo FALSO na ferramenta de verificação (entenda como funciona).
Brasil terá o inverno mais frio dos últimos 100 anos.
Não há evidências de que 2019 poderá “ter o inverno mais rigoroso do último século no Brasil” por causa do fenômeno climático La Niña, como afirmam diversas publicações nas redes.
O Climatempo, empresa que realiza previsões meteorológicas no Brasil, negou o conteúdo dos textos que trazem essa informação. Ao Aos Fatos, por e-mail, a instituição disse que é “tudo boato” e que o conteúdo deve ser desconsiderado.
O Climatempo, que costuma publicar as tendências climáticas das estações do ano no país, ainda não divulgou previsões a respeito do inverno de 2019. No ano passado, o boletim sobre a estação foi divulgada no dia 21 de junho, quando começou o inverno. A última tendência climática publicada pelo site foi a do outono desse ano.
Além disso, o boato é reciclado: a mesma informação apareceu na internet no ano passado, tendo sido desmentida por veículos como a Folha de S.Paulo e a Exame. Na época, Celso Oliveira, meteorologista da Somar, explicou porque é complicado falar em “inverno mais frio”: “quando se fala que o inverno será mais frio é uma média ou um pico durante um ou dois dias? A estação tem 90. Será no Sudeste, no Sul ou no país inteiro? Por isso é difícil. E este tipo de informação traz consequências complicadas na tomada de decisões de diversas indústrias”.
A Agência Lupa e o Estadão Verifica também checaram como falso este conteúdo.
Outro Lado. Após ser questionado por Aos Fatos, o site Bangu ao Vivo, que publicou a desinformação, retirou o conteúdo enganoso do ar.
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