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| - “Podem não ter apanhado o Rendeiro ou condenado o Salgado, mas apanharam os três bandidos que ‘estariam’ a gamar pinhas em Alcácer do Sal”, lê-se num post divulgado no Facebook esta terça-feira.
Um recorte do comunicado de imprensa emitido pelo Comando Territorial de Setúbal, no mesmo dia, parece comprovar a veracidade da história. Mas será mesmo verdade que os homens foram detidos por estarem a “furtar” pinhas?
Sim. Ainda que, na verdade, o episódio que levou à detenção seja mais complexo do que aquilo que o recorte incluído na publicação em causa deixa prever.
Segundo informação divulgada pela GNR, os três jovens foram, de facto, detidos em flagrante por furto de pinhas: “No decorrer de uma ação de patrulhamento, os militares da Guarda detetaram três homens que estariam a apanhar pinhas mansas. Após a abordagem, verificaram que os suspeitos não eram os proprietários do terreno, facto que levou à sua detenção. Da ação resultou ainda a elaboração de um auto de contraordenação por colheita fora do período legal e a apreensão das referidas pinhas de pinheiro-manso.”
Segundo a mesma nota, os detidos foram constituídos arguidos e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Grândola.
De forma a contextualizar o sucedido, a GNR informa que “o pinheiro-manso (Pinus pinea) é uma espécie florestal com um crescente interesse económico, cuja importância do comércio externo de pinha e de pinhão tem contribuído para a promoção de importantes dinâmicas económicas à escala regional, uma vez que o pinhão produzido em Portugal é de todos o mais valorizado pelas suas características nutricionais”.
Ainda assim, “a colheita de pinhas de pinheiro-manso é proibida entre 1 de abril e 1 de dezembro e, ainda que esteja caída no chão, a sua apanha está interditada por se encontrar em época de defeso, salvaguardando assim o crescimento e desenvolvimento da pinha e do pinhão e evitando a colheita da semente com deficiente faculdade germinativa e mal amadurecida”.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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