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| - “Atenção! Para todos os países. De hoje até o limite que estabeleci, 4 de julho de 2020, vou escolher aleatoriamente as pessoas no “Facebook” e é oficial (sem fraude). Todos que partilharem receberão um cartão de presente, dinheiro e os grandes vencedores poderão ganhar o carro e a casa. Escolha a primeira letra do seu nome e você receberá de acordo com o seu nome. Faça pela fé”, pode ler-se no texto.
“Partilhe esta publicação com 5 a 10 grupos agora. Quanto mais você compartilhar, maiores serão as chances de ganhar, seu dinheiro será enviado 10 minutos depois que você nos enviar uma mensagem. Não ignore, esta é sua chance de ser um vencedor”, apela-se ainda na referida mensagem.
Confirma-se?
Não há qualquer referência a este concurso nas múltiplas páginas oficiais de Cristiano Ronaldo em redes sociais, nem notícias fidedignas que comprovem a existência do mesmo.
O Polígrafo entrou em contacto com a agência de representação do jogador, a Gestifute, com sede em Lisboa, que confirma que se trata de “uma de muitas notícias falsas que habitualmente circulam acerca de Cristiano Ronaldo.”
De facto, o Polígrafo já verificou várias falsidades disseminadas em torno de alagadas ações “solidárias” do jogador da Juventus. Fique com algumas:
- Em Junho de 2019, uma página com mais de 330 mil seguidores no Facebook partilhou um post acompanhado de uma imagem em que o jogador português dedicava a sua grande exibição contra a Suíça, em que marcou um hat-trick, aos bombeiros portugueses, num gesto de reconhecimento pelo esforço heróico dos “soldados da paz” no combate aos fogos que atravessaram o país naquele período.
- Em Setembro de 2019, correu nas redes sociais o rumor segundo o qual Cristiano Ronaldo teria oferecido ao Governo brasileiro três aeronaves para ajudar a combater o desastre em curso com os incêndios na floresta Amazónica.
- Em maio de 2020, correu o boato segundo o qual Cristiano Ronaldo resolveu transformar todos os hotéis dos quais é proprietário em hospitais improvisados para receber doentes infetados com Covid-19, de maneira a que ali pudessem ser tratados, de forma totalmente gratuita. A notícia começou a circular através do WhatsApp, mas poucas horas depois já fazia manchete no jornal desportivo espanhol “Marca”.
Em resumo, a publicação em análise promove uma falsidade, apropriando-se abusivamente da imagem de uma figura pública para potenciar o tráfego online.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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