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| - “Só há três partidos em Portugal que têm [eleições] diretas: o Chega, o PSD e o PS. Todos os outros são votados em Congresso, nós fomos votados por todos os militantes. E não estamos a falar de 500 ou 1.000 militantes, estamos a falar de um dos maiores partidos hoje, apesar do seu tempo curto, com cerca de 40.000 militantes. Os militantes foram chamados a votar, votaram, escolheram-me por 95%, o meu opositor teve 4%. Eu não posso dizer ‘por favor não votem em mim porque isso já é demais’”, afirmou André Ventura em entrevista à CNN Portugal, no dia 1 de dezembro.
“Eu coloquei-me ao escrutínio público, o Chega tem eleições de forma consecutiva e permanente. Estamos a dar um exemplo de democracia que nenhum outro partido tem, exceto PS e PSD nas diretas, eu não sei o que podem pedir mais”, disse ainda.
No dia 6 de novembro de 2021, André Ventura foi reeleito presidente do Chega com 94,78% dos votos. Foi a terceira vez que se candidatou, mas a primeira em que teve um adversário, Carlos Natal, que obteve apenas 5,22% da votação.
Tal como divulgado no dia do ato eleitoral pelo presidente da Mesa do Congresso do Chega, Jorge Valsassina Galveias, dos cerca de 40 mil militantes do Chega, apenas 20 mil estavam “aptos para votar”. Destes 20 mil militantes, segundo o presidente do órgão partidário, deslocaram-se às urnas “perto de quatro mil”.
Assim, apenas metade dos 40 mil militantes do partido estavam em condições de votar nas últimas eleições para a eleição da presidência do Chega no início de novembro. Fazendo a conta à percentagem de participantes no sufrágio, em relação ao universo total de militantes (os tais 40.000), regista-se uma participação efetiva nas eleições do Chega de apenas 10%.
Nas eleições anteriores, que decorreram a 6 de março, segundo dados oficiais partilhados pelo Chega, do universo total de militantes do partido, apenas 14.979 se colocaram em condições de votar (quotas pagas até 48 horas antes do sufrágio) e só 3.317 exerceram o direito nas 20 mesas espalhadas por todo o país.
Nesse ato eleitoral, em que Ventura era candidato único, registaram-se 3.226 votos a seu favor, ou seja, apenas 11,5% do universo total de militantes.
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Avaliação do Polígrafo:
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