schema:text
| - “Gostava muito de saber o que é que o nosso presidente da Câmara de Lisboa tem a dizer em relação ao nojo que se encontra uma das praças principais da nossa cidade! O Camões! Este é o espetáculo com que me deparei agora de manhã. Será que deixamos de ter a limpeza que tínhamos todas as noites em que as ruas eram lavadas? Como é possível alguém se sentar nestes degraus da estátua do Camões?”, questiona o autor do post, partilhado no Facebook a 10 de setembro, em que são divulgadas várias imagens que mostram a Praça Luís de Camões, em Lisboa, visivelmente suja.
Em redor da estátua de Luís de Camões, é possível observar dezenas de garrafas depositadas e outros resíduos acumulados, além da calçada portuguesa manchada e sem sinais de limpeza recente.
Contactada pelo Polígrafo, a Câmara Municipal de Lisboa (CML), visada na publicação, explica que, “de acordo com a delegação de competências resultante da reorganização administrativa da cidade de Lisboa, cabe às juntas de freguesia assegurarem a lavagem e varredura das ruas, enquanto que à CML compete a responsabilidade dos eixos estruturantes, bem como a remoção dos resíduos depositados em contentores e dos ecopontos”.
A autarquia remete então esclarecimentos para a Junta de Freguesia da Misericórdia, uma vez que é nesta zona que se localiza a referida praça. Ao Polígrafo, fonte oficial desta junta de freguesia confirma a autenticidade das imagens que circulam nas redes sociais, bem como a existência de queixas por parte de moradores e frequentadores do espaço.
“O último desconfinamento, abertura dos bares e o retorno gradual do turismo provocou uma maior afluência de pessoas à freguesia, nomeadamente nas zonas do Bairro Alto e Cais do Sodré. Infelizmente, temos assistido a situações de falta de civismo de muitos dos nossos visitantes que continuam a beber na via pública (algo que ainda não é permitido) e deixam todo o lixo espalhado em qualquer local”, justifica o executivo liderado por Carla Madeira.
Em relação ao serviço de limpeza que está a seu cargo, a junta da Misericórdia garante que “apenas deixou de ter serviço noturno na área da Higiene Urbana nos períodos de confinamento total” e que com o desconfinamento e progressiva abertura do comércio, “o mesmo serviço foi reativado“.
“Perante esta situação, fizemos um reforço das nossas equipas de higiene urbana e reestruturámos o planeamento de lavagens e varredura nos locais mais críticos. No caso da Praça Luís de Camões, passámos a efetuar lavagens dia sim, dia não (manuais e mecânicas) e despejo de papeleiras e varredura várias vezes ao dia“, informa a mesma fonte que refere ainda contar, durante o fim de semana, “com o apoio de reforço das equipas da Câmara Municipal de Lisboa e dos Bombeiros Voluntários de Lisboa nas ações de limpeza noturna das zonas críticas”.
__________________________________________
Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
|