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| - “Deutsche Bank apela aos investidores para deixarem de investir no euro e apostarem no dólar. A queda europeia vai ser com estrondo”, lê-se no post de 8 de fevereiro no Facebook. Remete para uma notícia do “Ámbito”, jornal de economia mais lido na Argentina, mas nessa notícia (verdadeira, datada de 3 de fevereiro, em língua castelhana) destaca-se exatamente o contrário, desde logo no título: “Um dos maiores bancos do mundo recomenda investir em euros“.
De acordo com o jornal “Ámbito”, o Deutsche Bank modificou a sua posição relativamente ao euro, passando a aconselhar os seus clientes a investirem a longo prazo no euro e também no dólar norte-americano. Essa iniciativa do Deutsche Bank ocorreu na sequência do reconhecimento pelo Banco Central Europeu (BCE), na semana passada, de que a situação inflacionária no bloco da União Europeia mudou.
No mesmo dia, 3 de fevereiro, a agência Reuters também noticiou a viragem estratégica do Deutsche Bank face à moeda única da União Europeia, praticamente com a mesma informação do jornal “Ámbito”.
A racionalidade económica do Deutsche Bank parece ser evidente: o aumento da inflação pressiona o BCE a subir as taxas de juro que, na prática, correspondem ao valor do dinheiro, neste caso da moeda euro. Daí tornar-se um investimento com boas perspetivas, sobretudo ao nível do rendimento dos depósitos.
Não por acaso, desde há várias semanas que o Deutsche Bank tem vindo a prever uma subida das taxas de juro por parte do BCE. “Ao contrário da maioria dos bancos de investimento, que não antecipa subidas de juros no euro antes do próximo ano, o alemão Deutsche Bank afirma que a taxa de inflação vai permanecer acima das estimativas do banco central, forçando-o a mexer nos juros mais cedo”, informou o “Jornal de Negócios” a 25 de janeiro.
A confirmar-se essa previsão do Deutsche Bank, importa realçar, será a primeira subida de juros na Zona Euro em mais de uma década.
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