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  • Foi o quarto presidente da República eleito democraticamente após o 25 de Abril de 1974, em 2006 e em 2011, com um mandato que durou até 2016, ano em que foi substituído por Marcelo Rebelo de Sousa: Aníbal Cavaco Silva vai estar, pelo segundo ano consecutivo, ausente da cerimónia comemorativa dos 47 anos do 25 de Abril, no Parlamento. Terá sido o primeiro ex-Chefe de Estado a faltar? Antes de mais, importa lembrar que, pela primeira vez em 2020, a Assembleia da República adotou moldes restritivos ao nível das presenças no Parlamento, cenário que vai voltar a repetir-se este ano, com um número de convidados, deputados e membros do Governo inferior ao habitual, o que terá promovido algumas das ausências políticas de que aqui damos conta. À agência Lusa, fonte oficial do gabinete de Cavaco Silva confirmou que o antigo Presidente da República não irá marcar presença na sessão solene comemorativa do 47.º aniversário do 25 de Abril de forma “a respeitar as regras sanitárias devido à pandemia”. Com esta declaração, começaram a surgir dúvidas relativamente à assiduidade de outros ex-Presidentes nas comemorações de anos anteriores. No entanto, esta não é apenas a segunda vez que Cavaco Silva falta à sessão de comemoração do 25 de Abril no Parlamento. Já em 2017, o ex-Presidente da República fez notar a sua ausência na sessão solene que assinalou os 43 anos da Revolução dos Cravos. Mas não foi o único. Nesse ano, também Jorge Sampaio não fez parte do hemiciclo, fazendo com que António Ramalho Eanes estivesse sozinho a representar os ex-Chefes de Estado na Assembleia. Além destes, também Mário Soares, antigo Presidente da República, primeiro-ministro e primeiro líder do Partido Socialista (PS), faltou por quatro anos consecutivos, entre 2012 e 2015, à sessão solene no Parlamento. Esta ausência teve origem nos protestos da Associação 25 de Abril que, pela voz do militar Vasco Lourenço, alertava para “a linha política seguida pelo atual poder político [Pedro Passos Coelho no Governo]”, que teria deixado de “refletir o regime democrático herdeiro do 25 de Abril”. Ora, em solidariedade para com os “militantes de Abril”, Soares repetiu o gesto por quatro vezes, sendo que em 2016, aquando do regresso dos capitães de Abril às celebrações, o antigo Presidente estaria com Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, a receber a chave da cidade. Soares viria a falecer em janeiro de 2017. Presença assídua tem sido a de Ramalho Eanes, que voltará, este ano, a ser o único ex-Chefe de Estado a participar nas cerimónias na Assembleia da República, marcadas, mais uma vez, pela ausência de Jorge Sampaio e de Cavaco Silva. _________________________________ Avaliação do Polígrafo:
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