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| - “Importantíssimo para distribuir a todos que não querem ser ‘vacinados’. Todas as vacinas não serão mais justificadas a partir de 20/10/2021: informações verificadas. A União Europeia aprovou cinco terapias que estarão disponíveis em todos os hospitais dos Estados-Membros para tratar Covid”, começa por se afirmar numa das várias publicações nas redes sociais que transmitem a mesma informação.
“Essas terapias são aprovadas por decreto do Parlamento Europeu e estarão em funcionamento a partir de 01/10, portanto serão distribuídas aos poucos por volta de 20/10. As vacinas foram aprovadas em ‘forma experimental provisória’, porém, como por decreto, haverá a obrigatoriedade de prescrição desses cinco novos medicamentos, o uso da vacina será encerrado“, prossegue o autor da publicação, de 13 de setembro.
A publicação sublinha ainda a importância da ivermectina: “Boas notícias: a ivermectina é agora cientificamente reconhecida como uma droga eficaz na profilaxia e no tratamento da Covid-19 por pesquisadores do Instituto Pasteur da França. Os resultados de seus estudos foram publicados na revista ‘EMBO Molecular Medicine’ em 12 de julho de 2021, portanto, é recente. Uma análise dos resultados de outra pesquisa publicada no ‘American Journal of Therapeutics’ pede duramente, com evidências de apoio, que se substitua as diretrizes das agências de saúde e inclua a ivermectina como o padrão de tratamento. O governo de Macron sabia disso.”
Confirma-se?
A informação não corresponde à verdade. Começando pela ivermectina, a citada investigação do Instituto Pasteur não prova a eficácia do fármaco. Na verdade, o estudo foi realizado em animais e os resultados mostram uma melhoria nos sintomas da doença, mas não na replicação do vírus. Os cientistas afirmam que, pelos resultados, o medicamento potencialmente poderia ser utilizado de forma terapêutica para a Covid-19, mas que serão necessários mais estudos para comprovar a eficácia.
Por outro lado, já foi amplamente publicado, mesmo pela farmacêutica que produz a ivermectina, que essa eficácia não existe.
Relativamente ao decreto da Comissão Europeia, o documento não cita a ivermectina como um dos fármacos aprovados para tratar a Covid-19. Além disso, esses tratamentos são experimentais, estando em fase de desenvolvimento, e não excluem a necessidade da vacina. Aliás, o título do comunicado é: “Estratégia da UE em matéria de terapêuticas contra a COVID-19: Comissão identifica cinco terapêuticas candidatas promissoras.”
Relativamente ao decreto da Comissão Europeia, o documento não cita a ivermectina como um dos fármacos aprovados para tratar a Covid-19. Além disso, esses tratamentos são experimentais, estando em fase de desenvolvimento, e não excluem a necessidade da vacina.
No comunicado de imprensa do Conselho Europeu, Stella Kyriakides, comissária responsável pela Saúde e Segurança dos Alimentos, afirma: “Estamos hoje a dar o primeiro passo no sentido da constituição de uma vasta carteira de terapêuticas para tratar a COVID-19. Embora a vacinação esteja a progredir a um ritmo crescente, o vírus não desaparecerá e os doentes necessitarão de tratamentos seguros e eficazes para reduzir o ónus da COVID-19. O nosso objetivo é claro, pretendemos identificar mais candidatos pioneiros em fase de desenvolvimento e autorizar pelo menos três novas terapêuticas até ao final do ano. Trata-se da União Europeia da Saúde em ação.”
“O nosso objetivo é claro, pretendemos identificar mais candidatos pioneiros em fase de desenvolvimento e autorizar pelo menos três novas terapêuticas até ao final do ano. Trata-se da União Europeia da Saúde em ação”.
Conclui-se que as alegações da publicação não têm qualquer fundamento e, por isso, são falsas. As terapêuticas que estão a ser investigadas ou em fase de desenvolvimento não excluem a necessidade da vacina contra a Covid-19.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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