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| - “Martim Moniz, fim do Ramadão. Indignem-se com os sportinguistas mas não falem nada sobre isto porque de certeza que seguiram à risca as diretivas da DGS”, lê-se num post de 13 de maio no Facebook, um entre vários detectados pelo Polígrafo que exibem a mesma imagem da celebração do fim do Ramadão, apontando para uma suposta violação das regras da Direção-Geral da Saúde (DGS) pelos fiéis da comunidade islâmica em Portugal.
Confirma-se que as regras da DGS não foram cumpridas durante a celebração do fim do Ramadão em Lisboa?
O evento ocorreu no dia 12 de maio, na Praça Martim Moniz, Lisboa. Cerca de três mil muçulmanos reuniram-se durante a manhã para celebrar o Eid al-Fitr que pôs fim a um mês de jejum.
Contactado pelo Polígrafo, Rana Taslim Uddin, líder da Comunidade Islâmica do Bangladesh e organizador do evento, garante que durante a cerimónia foram cumpridas todas as orientações da DGS.
“Mantivemos dois metros de distância e todos estavam com máscara. Também já tínhamos avisado nas redes sociais, 10 dias antes e quase todos os dias, para as pessoas cumprirem o distanciamento e desinfetarem as mãos constantemente. Depois da oração costumamos abraçar-nos e este ano foi completamente proibido“, afirma Uddin.
“Todos os anos utilizamos o lado sul do hotel Mundial, mas este ano, devido ao distanciamento, ocupámos a praça toda. Cerca de meia hora depois do fim da cerimónia, já toda a gente se tinha ido embora”, sublinha.
Nas fotografias publicadas na página da Comunidade Islâmica do Bangladesh, no Facebook, confirma-se que os participantes na cerimónia utilizavam máscaras e pareciam cumprir as regras de distanciamento físico.
As cerimónias religiosas passaram a ser permitidas quando a quarta fase de desconfinamento entrou em vigor, no dia 1 de março. A par destas cerimónias, também os casamentos e baptizados voltaram a ser permitidos (embora com 50% de lotação do espaço), além de eventos de natureza corporativa.
Pode consultar aqui a orientação da DGS que rege as celebrações religiosas.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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