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  • Lista com seções sem votos em Bolsonaro não comprova fraude eleitoral A existência de 141 seções eleitorais sem registro de voto para o presidente Jair Bolsonaro (PL) no país não é prova de fraude eleitoral, como sugere, de forma distorcida, o nome de uma planilha que circula no WhatsApp. A maior parte destas seções fica em aldeias indígenas ou comunidades quilombolas, onde é comum a convergência de votos em um dos candidatos, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O pedido de checagem foi enviado por leitores do UOL Confere pelo email uolconfere@uol.com.br. O que diz a mensagem. O texto que acompanha a planilha desconfia da ausência de votos no atual presidente. "Quem votou no Bolsonaro nessas sessões (sic) com zero voto para ele, entre em contato com [endereço de email]. VOCÊ VOTOU EM BOLSONARO NESSA SESSÃO (sic) ?", diz o texto. A planilha de 168 páginas lista o resultado em cerca de 20 mil seções, com cidades, estados e zonas eleitorais correspondentes. Não há seções estrangeiras no levantamento. A reportagem conferiu os resultados das 141 urnas sem votos em Bolsonaro, em 102 cidades. O número de votos em cada seção corresponde ao registrado nos boletins de urna divulgados no site oficial do TSE. Lista incompleta. O documento oculta que houve seções em que Bolsonaro levou 100% dos votos -o que ocorreu em quatro seções, segundo levantamento da Agência Tatu, especializada em jornalismo de dados. O atual presidente foi o único votado em uma seção de Charrua (RS), uma de Chaves (PA) e em duas seções de Caracas, capital venezuelana. O levantamento da agência aponta, no entanto, não 141, mas 143 seções em que Lula registrou 100% dos votos. Não há comprovação de fraude. Em nota, o TSE afirma que o compartilhamento de desinformações que distorcem dados eleitorais busca manipular a opinião pública sobre a credibilidade do processo eleitoral, uma vez que ela promove "descrédito quanto à segurança das urnas eletrônicas e semeia a convicção de que o resultado foi fraudado". Nunca houve fraude comprovada nas eleições brasileiras desde a adoção das urnas eletrônicas, em 1996. Das cidades listadas, têm circulado individualmente nas redes sociais a situação em Confresa (MT) e em Bertópolis (MG). Bertópolis (MG). Na cidade, Lula venceu por unanimidade em duas seções no segundo turno. Na seção 152, houve 207 votos no petista e seis nulos. Na seção 178, recebeu 165 votos -outros oito foram nulos. As urnas estavam localizadas na aldeia indígena Maxakali. Há outras três zonas eleitorais onde vive o mesmo povo: Santa Helena de Minas, Pradinho e Cachoeira. As três foram listadas na planilha viral, por terem seções com convergência de votos em Lula. Confresa (MT). A seção 158 do município reúne eleitores da Aldeia Urubu, do povo Apyãwa-Tapirapé, só registrou votos válidos para Lula. "Somos um povo organizado e nos reunimos para discutir qual seria o melhor candidato a nos representar" informou em nota a Coordenação e Organização do Povo Indígena Apyãwa. Além dos votos no petista foi registrado apenas um voto nulo na seção. Ortigueira (PR). A seção 96 da cidade também não registrou votos válidos para Bolsonaro. Ali, dos 233 eleitores que compareceram, 223 votaram em Lula, e dez votaram em nulo ou branco. Segundo informou em nota o TRE-PR, a convergência ocorreu porque a seção está localizada na comunidade Maila Sabrina, um assentamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). "Nas Eleições 2018, o local já havia apresentado votação parecida", informa a nota. O UOL Confere considera como distorcido conteúdos que usam informações verdadeiras em contexto diferente do original, alterando seu significado de modo a enganar e confundir quem os recebe. ID: {{comments.info.id}} URL: {{comments.info.url}} Ocorreu um erro ao carregar os comentários. Por favor, tente novamente mais tarde. {{comments.total}} Comentário {{comments.total}} Comentários Seja o primeiro a comentar Essa discussão está encerrada Não é possivel enviar novos comentários. Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar. Só assinantes do UOL podem comentar Ainda não é assinante? Assine já. Se você já é assinante do UOL, faça seu login. O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.
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