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| - No seu comentário habitual de domingo no Jornal da Noite da SIC, Luís Marques Mendes sublinhou os bons resultados orçamentais obtidos pelo Governo liderado por António Costa desde que iniciou funções. O ex-líder do PSD congratulou-se por tudo indicar que o orçamento do Estado para 2020 vai prever um superavit orçamental – ou seja, Portugal ganhará mais do que gastará.
“É um orçamento histórico porque é a primeira vez que se consegue na história da democracia”, afirmou o comentador da SIC. Estas boas notícias surgem, ironicamente, quando, também garantiu Marques Mendes, Costa e Mário Centeno, ministro das Finanças, estão com relações tensas depois de um desentendimento em pleno Eurogrupo, a que Centeno preside na qualidade de ministro das Finanças do Governo Português.
Mas será verdade que, de facto, o Orçamento de 2020 é o primeiro a prever superavit na história da nossa democracia?
Segundo os dados oficiais, a resposta é positiva. O ministro das Finanças está a apontar para um excedente orçamental de 0,2% do PIB. Ou seja, entre aquilo que recebe e o que gasta, o Estado terá um ‘lucro’ de duas décimas, que correspondem a pouco mais de €400 milhões.
A confirmarem-se as previsões do Executivo estamos perante um cenário que muitos acreditavam ser impossível quando o PS, com o apoio do Bloco de Esquerda e do PCP, começou a governar em 2015.
A validar as contas do Governo está o Conselho de Finanças Públicas, que foi mais longe na análise, ao prever uma melhoria do saldo orçamental pelo menos até 2021, “num cenário de políticas inalteradas” – leia-se se com a austeridade a prosseguir. Depois desse ano, os resultados esperados passam a ser menos favoráveis, mas as contas mantêm-se em excedente, de 0,3% em 2022 e de 0,2% em 2023.
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Avaliação do Polígrafo:
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