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| - “Cada um seja feliz como entender e se sentir feliz, mas há situações que nunca vão poder contrariar a natureza. Isso é querer normalizar a estupidez. Vejam o espaço conquistado por esse trans, será que realmente é uma luta justa? Sinceramente, triste, não consigo entender como uma mulher aceita lutar contra um homem, ele passa boa parte da luta sem se esforçar”. O comentário tecido por Vítor Manuel Ramalho, com declarações transfóbicas (como chamar homem a uma mulher supostamente trans), tem por base um vídeo de 1 minuto e 35 segundos.
No registo, partilhado no Facebook, vemos duas atletas num combate de jiu-jítsu. Em altura e peso, as duas mulheres são completamente distintas: por esse motivo, o vídeo mostra uma das participantes a conseguir liderar com alguma facilidade a arte marcial.
No final, a vitória confirma o que seria de esperar: Gabi Garcia, multi-campeã, vence contra Mackenzie Dern. A luta, que decorreu em 2014, pode ser vista na totalidade aqui.
Apesar de ter começado a circular nas redes sociais no Brasil, a verdade é que o embuste chegou a Portugal pouco depois, com várias partilhas que garantem que Gabi Garcia é uma mulher trans e que, só por isso, conseguiu destronar Mackenzie.
Esta informação é completamente falsa.
Garcia, de 37 anos e nascida no Rio Grande do Sul, é uma lutadora de Jiu-jítsu brasileiro, Muay Thai, Wrestling e MMA brasileira e foi nove vezes medalha de ouro no Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu, desporto do qual se despediu em 2021.
Não é trans, mas sim uma mulher cis, assim como a sua adversária no combate em causa.
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Avaliação do Polígrafo:
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