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  • O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (1965-2014) não liderava as pesquisas eleitorais quando morreu em um acidente aéreo, como afirmam postagens nas redes sociais (veja aqui). O político, que disputava a eleição pelo PSB, estava na terceira posição, com 9%, na última sondagem de intenção de voto à presidência publicada antes da sua morte. Também não procede que a caixa-preta do avião onde Campos estava nunca foi encontrada: ela foi achada no mesmo dia, mas sem gravações. O texto com as alegações enganosas reunia ao menos 10 mil compartilhamentos no Facebook nesta sexta-feira (20). É falso que o ex-governador Eduardo Campos liderava as pesquisas eleitorais quando morreu em um acidente aéreo, no dia 13 de agosto de 2014, e que a caixa-preta do avião em que estava nunca foi encontrada, como afirmam postagens nas redes sociais. A última pesquisa publicada antes do acidente, feita pelo Ibope, mostrava que Campos (PSB) tinha 9% das intenções, menos que Dilma Rousseff (PT), com 38%, e que Aécio Neves (PSDB), com 23%. Na pesquisa espontânea (quando o entrevistador pergunta sem apresentar nomes de candidatos em quem a pessoa votaria), o pernambucano tinha 4% das intenções e estava atrás de Dilma Rousseff (25%) e Aécio Neves (11%). Em simulação de um segundo turno com Dilma Rousseff, Campos marcou 32%, e a petista, 44%. Um dia depois do acidente, em 15 de agosto, a revista IstoÉ publicou uma pesquisa feita pelo Instituto Sensus, entre os dias 9 e 12 daquele mês, que também mostrava Campos na terceira posição, com 9,2%. O Datafolha, por sua vez, havia apontado o ex-governador com 8% das intenções de voto em julho. Em ambos os levantamentos, o ex-governador estava atrás da então presidente Dilma Rousseff (PT) e de Aécio Neves (PSDB-MG). Também é falsa a informação de que a caixa-preta da aeronave jamais foi encontrada. O equipamento foi achado no mesmo dia, mas não continha as gravações do voo. Campos morreu na queda de um jato particular em Santos, no litoral de São Paulo, durante sua campanha à Presidência. Em 2018, a Polícia Federal informou que havia quatro possíveis causas do acidente: colisão com um elemento externo, desorientação espacial, falha de profundor (peça presente na parte traseira da cauda), e falha de compensador de profundor. Em fevereiro de 2019, o MPF (Ministério Público Federal) arquivou o inquérito sem determinar a causa exata do evento. Aos Fatos integra o Programa de Verificação de Fatos Independente da Meta. Veja aqui como funciona a parceria.
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