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| - “Com frases destas, este tipo arriscar perder muita clientela”, comenta o autor de uma publicação no Facebook, datada de 18 de abril. Na imagem, surge o papa Francisco sorridente e uma declaração atribuída ao Sumo Pontífice: “É melhor ser ateu do que católico hipócrita.” Não é indicado qualquer contexto ou data em que terá sido proferida a frase. Será verdadeira ou apócrifa?
A frase é autêntica e o papa Francisco já transmitiu a ideia por diversas ocasiões. O Polígrafo deixa aqui dois desses momentos.
A 23 de fevereiro de 2017, num sermão matinal na sua residência na Casa de Santa Marta, o papa Francisco criticou “a vida dupla” de algumas pessoas que se dizem muito católicas, mas depois fazem “negócios sujos” e “aproveitam-se das pessoas”.
“O que é um escândalo? É dizer uma coisa e fazer outra, é a vida dupla. ‘Eu sou muito católico, vou sempre à missa, pertenço a esta ou à outra associação, mas a minha vida não é cristã, não pago com justiça aos meus empregados, aproveito-me das pessoas, faço negócios sujos”, criticou o chefe da Igreja Católica durante a missa. Para o Sumo Pontífice, “muitos católicos são assim e por isso mesmo causam escândalo”. “Quantas vezes ouvimos, todos nós, no nosso bairro e noutras partes, ‘para ser um católico assim, era melhor ser ateu’? É esse o escândalo, destrói-nos, deita-nos por terra”, lamentou.
“O que é um escândalo? É dizer uma coisa e fazer outra, é a vida dupla. ‘Eu sou muito católico, vou sempre à missa, pertenço a esta ou à outra associação, mas a minha vida não é cristã, não pago com justiça aos meus empregados, aproveito-me das pessoas, faço negócios sujos”,
De acordo com a “Rádio Vaticano“, o papa deu então o exemplo de um empresário católico que estava de férias numa praia no Médio Oriente enquanto os trabalhadores, da empresa quase falida, ameaçavam realizar uma greve porque não recebiam os salários. “Isso acontece todos os dias e para darmos conta disso basta ver o telejornal ou ver os jornais”, acrescentou.
No final do sermão, Francisco pediu uma reflexão de todos os cristãos presentes para que fizessem uma análise interior para saber se há “ações de cada um de nós como vida dupla” e pediu que aqueles que façam isso “se convertam” imediatamente e não deixem isso “para amanhã”.
Dois anos depois, a 2 de janeiro de 2019, durante a audiência geral que tem todas as quartas-feiras com os fiéis, o papa Francisco afirmou que é preferível nem ir à igreja do que ser-se hipócrita ao fazê-lo e disse que há cristãos que falam com Deus “como um papagaio”.
“Os pagãos acreditam que se reza a falar, a falar, a falar. Eu penso em muitos cristãos que acreditam que rezar é falar com Deus, salvo seja, como um papagaio. Não, rezar faz-se com o coração, a partir do interior”.
“Quantas vezes vemos o escândalo dessas pessoas que passam o dia na igreja, ou que lá vão todos os dias, e depois vivem a odiar ou a falar mal dos outros”, disse, acrescentando: “Vive como um ateu. Se vais à igreja, então vive como filho, como irmão, dá um verdadeiro exemplo.”
“Os pagãos acreditam que se reza a falar, a falar, a falar. Eu penso em muitos cristãos que acreditam que rezar é falar com Deus, salvo seja, como um papagaio. Não, rezar faz-se com o coração, a partir do interior”, defendeu.
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Avaliação do Polígrafo:
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