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| - Já com 875 partilhas acumuladas na rede social Facebook, a publicação em causa começa por contar a história de “Manuel”, o qual “é um menino angolano que perdeu a perna numa porra de mina fabricada pela Bofors, empresa sueca ligada à família Wallenberg, que agora patrocina políticas que vão reforçar o mercado da venda de créditos de carbono”.
A publicação sobrepõe uma imagem de “Manuel” a uma outra imagem de Greta Thunberg, jovem ativista sueca que inspirou a Greve Climática Global, alertando para a urgência de agir no sentido de minorar as alterações climáticas em curso no planeta.
O autor da publicação traça uma analogia entre os dois jovens, a qual passamos a transcrever: “Do outro lado, temos a Greta, menina de olhos azuis e loura que (…) vive à grande e francesa e tem voz na ONU – e é patrocinada pelos mesmos Wallenberg que fabricavam minas terrestres como a que destroçou a perna do Manuel. Mas a Greta é infeliz…”
É verdade que Greta Thunberg é patrocinada “pelos mesmos Wallenberg” que fabricavam minas terrestres “como a que destroçou a perna” de um menino Angolano?
Não encontramos qualquer ligação – direta ou indireta – entre Greta Thunberg e a família Wallenberg (cuja história pode conhecer aqui) ou as respetivas empresas. Também não encontramos qualquer informação sobre patrocínios à jovem ativista sueca, muito menos provenientes da família Wallenberg ou das respetivas empresas.
Aliás, na sua página oficial no Facebook, Greta Thunberg já garantiu por diversas vezes que não recebe patrocínios nem financiamento de empresas e outras organizações. Esta publicação difunde assim uma acusação falsa ou sem qualquer base de sustentação factual.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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