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| - Na publicação em causa, já com centenas de partilhas no Facebook, acusa-se a Câmara Municipal de Lisboa, liderada por Fernando Medina, de ter transformado um passeio – que agora tem apenas uma faixa pequena de calçada para os peões – numa ciclovia. A obra é classificada como um “atentado ao património público”.
“Então agora acabam-se com os passeios para dar lugar aos ciclistas?”, questiona-se, mostrando depois a imagem da ciclovia, embora não indicando a localização da rua, alegadamente em Lisboa.
A publicação foi denunciada por utilizadores do Facebook como sendo falsa ou enganadora. Confirma-se?
Questionada pelo Polígrafo, fonte oficial da Câmara Municipal de Lisboa (CML) assegura que a imagem “não é em nenhuma” freguesia da capital e que a acusação “não é verdadeira”.
O Polígrafo confirmou entretanto junto da Câmara Municipal de Sintra (CMS) que a ciclovia da imagem, na verdade, situa-se em Monte Abrãao. “A imagem é na Avenida Dom António Corrêa de Sá em Monte Abraão, na União de Freguesias Massamá e Monte Abraão”, informa a autarquia sintrense.
A CMS explica que, em alguns troços, “o ordenamento urbanístico implica uma circulação mista”, com peões e ciclistas a partilharem o mesmo espaço. “No caso da imagem publicada nas redes sociais, as vias partilhadas são sobretudo de lazer e recreio”.
Na alínea 4 do artigo 78 do Código da Estrada determina-se que “os peões só podem utilizar as pistas especiais quando não existam locais que lhe sejam especialmente destinados”, como é o caso em análise, em que o passeio se transformou numa ciclovia.
Conclui-se assim que a publicação sob análise difunde uma alegação falsa. A imagem é autêntica, mas a ciclovia situa-se em Monte Abrãao, Queluz, e não em Lisboa.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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