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  • Circula no Facebook a teoria de que os CFC (clorofluorocarbonetos) são “inócuos” para a camada do ozono, sendo o buraco nela presente “natural”. Segundo o autor da publicação, quem tem contribuído para debilitar a camada do ozono “são os USA e a URSS/Rússia com os lançamentos de foguetões”. “O que também destrói o ozono são os ensaios nucleares. As duas mil bombas atómicas que já foram lançadas entre 1944 (na Alemanha nazi, no mar do Norte) e 2017 (na Coreia do Norte) poderão ter provocado alguns danos à ozonosfera”, defende o autor do texto. No mesmo post, afirma-se que “nenhuma atividade humana destrói o ozono”. Confirma-se? Questionada pelo Polígrafo sobre o conteúdo desta publicação, a investigadora do Instituto Dom Luiz da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Ana Russo, começa por explicar que existe neste texto uma “mistura de conceitos”. Em primeiro lugar, a especialista esclarece que o buraco na camada do ozono existe, está estudado e diz respeito, na verdade, “a uma zona em que a espessura da camada é mais estreita, mais fina”. Nesse sentido, tal como se pode ler num artigo do site da NASA dedicado a este tema, não existe um “buraco” no sentido literal. Assim sendo, a expressão “buraco da camada do ozono” é uma “metáfora” utilizada para descrever “a área em que as concentrações de ozono estão abaixo do limite histórico de 220 unidades Dobson [unidade de medida da densidade atmosférica de ozono]”. Na mesma página da agência espacial norte-americana mostra-se a evolução do buraco da camada do ozono desde 1979 e sublinha-se a importância desta região da atmosfera para a vida no planeta: “A camada do ozono estratosférico protege a vida na Terra ao absorver a luz ultravioleta, que danifica o DNA de plantas e animais (incluindo humanos) e leva a queimaduras solares e cancro”. A investigadora Ana Russo vinca ainda que, apesar de existir “uma oscilação natural na camada do ozono”, há outros fatores com impacto negativo nesta região da atmosfera, nomeadamente os clorofluorcarbonetos, conhecidos como CFC, que eram usados antigamente em aerossóis e sistemas de refrigeração, por exemplo. Assim sendo, a especialista garante que os CFC não são “inócuos” para a camada do ozono, tal como demonstram os estudos. Também a NASA assegura que, “na camada da atmosfera mais próxima da Terra (a troposfera), os CFC circularam durante décadas sem se degradarem ou reagirem a outras substâncias químicas”, mas que, “quando chegaram à estratosfera, o seu comportamento mudou”. Como? “Na estratosfera superior (para além da proteção da camada do ozono), a luz ultravioleta provocou a decomposição dos CFC, libertando cloro, um átomo muito reativo que catalisa repetidamente a destruição do ozono”, sustenta a agência. Noutro plano, Ana Russo acrescenta que “o ozono que se regista em cidades, muito relacionado com ilhas de calor, é o ozono troposférico que não tem nada a ver com o ozono estratosférico onde se encontra a camada de ozono”. E se, por um lado, o ozono presente na estratosfera – intitulado de “bom ozono” – funciona como um “filtro” que permite a vida na Terra, por outro lado, o ozono presente nas cidades – a que alguns cientistas se referem como o “mau ozono” – pode provocar “problemas de saúde”. A propósito da divisão do ozono nas categorias de “bom” e “mau”, uma página da NASA dedicada a factos sobre o ozono elucida que “o ozono é um gás composto por três átomos de oxigénio (O3)” que na estratosfera “protege a vida na Terra da radiação ultravioleta do Sol”, mas que, quando se encontra “perto da superfície da Terra, é criado por reações químicas entre poluentes atmosféricos provenientes dos gases de escape dos veículos, vapores de gasolina, e outras emissões”. Assim, “ao nível do solo, elevadas concentrações de ozono são tóxicas para as pessoas e para as plantas”. Por fim, Ana Russo sublinha que, além de estar comprovado que os CFC têm impacto negativo na camada do ozono, a sua redução através do Protocolo de Montreal permitiu que “os valores médios da área do buraco do ozono tenham vindo a estabilizar”. ___________________________________ Este artigo foi desenvolvido no âmbito do European Media and Information Fund, uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian e do European University Institute. The sole responsibility for any content supported by the European Media and Information Fund lies with the author(s) and it may not necessarily reflect the positions of the EMIF and the Fund Partners, the Calouste Gulbenkian Foundation and the European University Institute.
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