Numa das publicações encontradas pelo Polígrafo no Facebook pode ler-se que os “hospitais de Nova Iorque estão a recusar-se a entregar bebés recém-nascidos a pais não vacinados”.
Num outro post descreve-se que “o NYU Langone e outros hospitais em Nova Iorque e Long Island estão a impedir a entrega de recém nascidos das Unidades de Cuidados Intensivos de Neonatologia a pais não vacinados”. “É obrigatório mostrar o passaporte de vacinação para poder ver o seu próprio recém-nascido”, alega-se.
Mas será verdade?
Não. A plataforma de fact-checking Snopes entrou em contacto com fonte oficial do Departamento da Saúde de Nova Iorque que informou que “o departamento está profundamente perturbado com as mensagens grosseiramente imprecisas que estão a ser difundidas nas redes sociais a respeito da falsa alegação de que há uma proibição para os pais/responsáveis levarem bebés do hospital para casa com base no status de vacinação”.
“Não há verdade nestas afirmações. Faz parte de uma perigosa campanha de desinformação mais ampla. É por isso que continuamos a incitar os nova-iorquinos a ignorar a ficção e seguir a ciência: as vacinas Covid-19 são seguras e eficazes e são a melhor maneira de prevenir doenças graves”, sublinha o Departamento.
Também o Hospital NYU Langone refutou as acusações: “NYU Langone não proíbe pais/responsáveis de levar uma criança das Unidades de Cuidados Intensivos para casa devido ao seu estado de vacinação – desencorajamos veementemente a disseminação destas informações imprecisas e prejudiciais.”
Aliás, o Centro de Controlo de Prevenção e Doenças (CDC) dos EUA destacou que os recém-nascidos não correm grandes riscos de contrair o novo coronavírus: “As evidências atuais sugerem que a probabilidade de um recém-nascido ser infetado por Covid-19 pelos pais biológicos é reduzida, especialmente quando se tomam medidas (como utilizar uma máscara e lavar as mãos) para evitar a propagação antes e durante o cuidado do recém-nascido.”
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é: