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  • Um dos grandes pontos de diferenciação, reclamados pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP), relativamente aos outros sindicatos de professores é a independência do diretório político-partidário. Este facto, aliás, esteve na génese da sua formação, em 2018, acompanhada do expressar da saturação do que dizia ser uma “luta mansinha” da FENPROF, por esta não ir mais longe nas exigências ao Governo da geringonça (apoiado por PCP e BE), designadamente na contagem do tempo de serviço congelado dos docentes. Mas, no seu percurso, este líder sindical esteve sempre fora do universo partidário? André Pestana esteve, pelo menos até fundar o STOP, envolvido em organizações partidárias de diferentes forças políticas, de forma sucessiva. Primeiro como militante da JCP (até sensivelmente 1994), conforme refere reportagem do jornal “Público”, em 1998, sobre o movimento associativo estudantil de Coimbra, em que este se define “revolucionário e extremista, se ser ‘extremista’ é ser intransigente em determinados assuntos, como os direitos humanos”. Depois, em 1999, na respetiva fundação, passou a pertencer ao BE (núcleo de Coimbra), através da integração naquele partido do movimento que ajudava a protagonizar (o Ruptura). Nesse ano, foi um dos nomes da lista do BE pelo círculo de Coimbra para as legislativas de 1999 (10 de outubro) e, em novembro, foi candidato à presidência Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra, apoiado pelos estudantes e dirigentes académicos afetos à força política a que tinham começado a pertencer meses antes. Em 2011, na sequência dos maus resultados do BE nas legislativas (que deram maioria à soma de votos entre PSD e CDS) e de divergências internas anteriores entre a direção do partido e a sensibilidade então já apelidada de “Ruptura/FER”, vários militantes abandonam o BE. Entre eles, André Pestana que, em outubro de 2012, conjuntamente com Gil Garcia e Raquel Oliveira, entrega 9.000 assinaturas no Tribunal Constitucional para a constituição de um novo partido político, o Movimento Alternativo Socialista (MAS). Nesse tempo, concretamente em 2013, escreve uma carta aberta, em tom crítico, a Mário Nogueira, líder da FENPROF, questionando-o sobre a atuação daquele sindicato. É já pelo MAS que, em maio de 2014, o atual coordenador do STOP foi candidato às eleições para o Parlamento Europeu (número dois da lista), assumindo grande protagonismo interno nesse contexto, como se constata nesta breve entrevista à RTP. Quatro anos depois – e após mais uma dissidência, desta vez sindical, do SPGL (afeta à FENPROF/CGTP) -, forma o STOP. É assim verdadeiro que André Pestana tem um percurso trilhado em partidos ou organizações políticas desde jovem, sendo que, na fase adulta, todos eles ligados à extrema-esquerda. _____________________________ Avaliação do Polígrafo:
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