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| - No dia em que o Governo apresentou o Programa de Estabilidade 2023-2027 (PE), a 17 de abril, a oposição não tardou a criticar o Executivo socialista por tópicos como o aumento da receita orçamental ou pelo fraco crescimento previsto, como foi o caso de Rui Rocha, líder do Iniciativa Liberal, na mais recente entrevista ao jornal “Eco”.
“A inflação, para o mal e para o bem, não é responsabilidade de Fernando Medina, teve uma ajuda muito grande para esses indicadores”, começou por admitir o líder dos liberais. “Agora, temos que ter também uma visão sobre o crescimento do país e, portanto, aquilo que criticamos, sobretudo, é que o crescimento da economia continua a não ser uma prioridade do Partido Socialista e da sua governação. E quando olhamos para o Plano de Estabilidade que foi agora apresentado, vemos o crescimento a partir de 2023 até 2027 abaixo dos 2%. Aliás, se não estou em erro, mais baixo do que aquilo que estava previsto no Programa de Estabilidade anterior, que está aqui”, concluiu.
A estimativa foi confirmada pelo jornalista, mas Rui Rocha completou com mais dados: “No discurso político, passámos de 1,3% para 1,9% no curto prazo, é uma notícia, enfim, razoável dentro da mediocridade geral, mas se olharmos, depois, aos dois programas de estabilidade, estamos com crescimentos mais frágeis e mais medíocres.”
Vamos aos números: de acordo com as mais recentes projeções do PE 23-27, Portugal deverá crescer 1,8% este ano, preparando-se para dois anos (2024 e 2025) de crescimento estabilizado nos 2%. Em 2026, haverá queda para os 1,9%, assim como em 2027, ano em que se espera que o crescimento atinja os 1,8%.
Para Fernando Medina, no entanto, os passos estão a ser tomados na altura certa: a inflação, que será de 5,1%, não preocupa o Governo, que tem o crescimento do PIB para celebrar. “A economia portuguesa vai crescer e vai estabilizar esse crescimento”, referiu o ministro das Finanças no dia do anúncio, avançando ainda que o crescimento português (entre 2019-2023) superará a média de crescimento da área euro (3,2%), cifrando-se nos 5,1%.
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Avaliação do Polígrafo:
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