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| - “Há um ano António Costa dizia isto. O Governo tem saído da ‘Taska à Força’“. Em causa declarações do primeiro-ministro durante a apresentação das linhas gerais do programa eleitoral do partido para as eleições legislativas do ano passado, proferidas a 3 de janeiro: “O meu próximo Governo será mais compacto: será verdadeiramente uma ‘task force’ ao serviço da recuperação do país.”
O tema surge depois da mais recente remodelação no Governo, com a divisão de um ministério e a nomeação de mais secretários de Estado: o Executivo cresce, mas será suficiente para bater novo “recorde”?
Recuemos mais ou menos quatro anos, até 2019, quanto António Costa apresentou a lista dos seus ministros e respondeu às críticas tecidas sobre a sua composição: “Os Governos não se medem em função do número de membros, mas devem ter uma orgânica ajustada ao programa do Governo e às prioridades do país.”
“É seguramente uma prioridade do país reforçar a coesão territorial e darmos uma nova atenção à necessidade de valorização do interior (…). É fundamental para a organização do Estado revalorizar a função de planeamento – uma das áreas em que houve maior empobrecimento e desertificação em todos os ministérios foi nas capacidades centrais de planeamento. Vamos fazer um grande investimento nessa área e devolver a todos os ministérios capacidade de planeamento, estudo de análise e prospectiva“, argumentou.
Novos programas e novas prioridades, Costa refletia, já no início de 2022, pouco antes das eleições legislativas de 30 de janeiro, acerca da sua equipa governativa. Sobre ela, prometeu que seria “mais curta, mais ágil” e renovada: “O meu próximo Governo será mais compacto e uma verdadeira task force ao serviço da recuperação do país. Essa recuperação é a recuperação da economia de cada um.”
O que é certo é que, depois de ter tido o Governo mais numeroso desde 1974, o XXII Governo Constitucional, que na sua versão inicial tinha 20 ministros (incluindo o primeiro-ministro) e 50 secretários de Estado, perfazendo um total de 70 governantes, Costa junta agora 60 ministros e secretários de Estado, mais quatro do que ditava a constituição inicial.
Lado a lado com com o VIII Governo Constitucional (1981-83), liderado pelo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão e baseado numa coligação pré-eleitoral entre o PSD, o CDS e o PPM (a denominada “Aliança Democrática”), e com o XIV Governo Constitucional (1999-02), liderado pelo primeiro-ministro António Guterres, que dispunha inicialmente de 18 ministros (incluindo o primeiro-ministro) e 42 secretários de Estado, este é o segundo maior Governo de sempre, com 60 governantes no total.
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Avaliação do Polígrafo:
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