schema:text
| - “Se somos assim tão maus, se cometemos tantos pecados, não somos merecedores da vossa vinda. Deixem-se estar”. A frase é de António Nogueira Leita, ex-secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, e foi publicada no seu perfil na rede social Twitter, onde tem cerca de 8 mil seguidores, no passado dia 13 de Junho.
[twitter url=”https://twitter.com/AntNLeite62/status/1139278388898783232″/]
O tweet, que gerou grande polémica, referia-se à reportagem da SIC “Visíveis”, que abordou o tema do preconceito racial existente em Portugal, e cujo último episódio fora emitido nesse dia.
A acompanhar a publicação, Nogueira Leite divulgou um excerto da reportagem, em que Beatriz Gomes Dias, professora e fundadora da Djass – Associação de Afrodescendentes, surge a afirmar que “o facto de Portugal ter tido um espaço colonial, ter ocupado territórios nos países africanos, ter subjugado e destruído civilizações, contribuiu para criar uma ideia de supremacia, uma superioridade europeia branca face aos outro povos e civilizações e essa ideia de supremacia permanece”.
Na sequência da publicação, foram muitos os que quiseram dar a sua opinião. E aí viu-se de tudo: desde comentários puramente racistas – “como se costuma dizer: a porta da rua é a serventia da casa; “se calhar querem que a gente saia para ficarem mais confortáveis”; “os brancos são uns bandidos, mas é tão bom viver junto deles!!!”, até outros críticos relativamente à posição de Nogueira Leite, insinuando o seu teor potencialmente racista – que o professor universitário de economia negou taxativamente.
O Polígrafo tentou falar com António Nogueira Leite, mas este não respondeu aos vários contactos efectuados. De qualquer modo, em resposta aos vários comentários críticos que lhe foram feitos na sua página, garantiu que não é racista – o que verdadeiramente o incomoda são as alegadas acusações reiteradas de racismo e discriminação que afrodescendentes frequentemente protagonizam: “Isto é pior que vitalização. Isto é o discurso do ódio”, afirmou num dos comentários.
Avaliação do Polígrafo:
|