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  • “Frequentemente os condutores conduzem em ponto morto em descidas ou num engarrafamento, em teoria para poupar combustível. Mas cuidado!”, começa o post partilhado no Facebook a 24 de outubro. Os condutores são ainda alertados para não conduzirem em ponto morto, uma vez que, ao fazerem isso, vão gastar mais combustível e desgastar os travões. Confirma-se? Contactado pelo Polígrafo, Alexandre Marvão, especialista em mobilidade da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), garante que conduzir em ponto morto é um mito e um erro a nível de segurança. “Primeiro, o carro vai livre, vai sem nada a travá-lo, vai a ganhar velocidade e fica só dependente da capacidade de travagem dos travões. É menos seguro. Por outro lado, o carro em ponto morto está sempre a consumir. Um consumo residual, mas está sempre a consumir”, aponta. Nesse sentido, quando o objetivo é poupar combustível, além de ser necessário não fazer acelerações ou travagens bruscas, deve-se deixar o carro engatado e tirar o pé do acelerador. Alexandre explica que, durante esse período, “o veículo corta a admissão de combustível e começa a poupar. São períodos de consumo zero”. “Primeiro, o carro vai livre, vai sem nada a travá-lo, vai a ganhar velocidade e fica só dependente da capacidade de travagem dos travões. É menos seguro. Por outro lado, o carro em ponto morto está sempre a consumir. Um consumo residual, mas está sempre a consumir”. Porque é que existe o mito de que colocar o carro em ponto morto poupa combustível? O especialista da DECO fez referência a três momentos de evolução tecnológica do automóvel. Num primeiro momento, os carros não tinham gestão eletrónica dos motores, “então uma forma para poupar combustível nas descidas, por exemplo, era desligar o motor”. De seguida, surgem os travões com servofreio, ou seja, a travagem passa a ser auxiliada pela força do motor, deixando de ser seguro desligar o carro numa descida, e “as pessoas começaram a não desligar, mas a pôr em ponto morto, que ao fim ao cabo era a possibilidade de consumo mínimo”. Quando, num terceiro momento, aparece a gestão eletrónica do motor, a forma mais segura e mais económica de conduzir é deixar o carro engatado, manter a velocidade adequada, mas tirar-se o pé totalmente do acelerador. Na página do Automóvel Clube de Portugal (ACP), também é sublinhado que é “um mau hábito” conduzir em ponto morto, uma opção que apresenta várias desvantagens e riscos de segurança. “Numa descida, engate a mudança adequada, levante o pé do acelerador e observe o valor do consumo instantâneo. Sim, é zero. Por outro lado, se estiver em ponto morto, continua a precisar de combustível para manter o carro em funcionamento. Portanto, ao conduzir em ponto morto numa descida está a consumir mais combustível do que com uma mudança engatada”, explica o ACP. ___________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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