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| - “Comissárias de bordo recusam ser vacinadas“, destaca-se num dos posts detectados pelo Polígrafo que exibem o vídeo em causa. A emblemática Piazza del Campidoglio, em Roma, a 27 de outubro, foi o palco da manifestação de um grupo de mulheres que despiram os uniformes e espalharam os sapatos pela praça, formando depois uma espécie de cordão humano em torno da mesma, sob uma salva de palmas de dezenas de pessoas.
Tratou-se de um protesto contra a vacinação?
O vídeo é autêntico, a manifestação realizou-se mesmo na Piazza del Campidoglio, em Roma, a 20 de outubro (e não a 27 de outubro), mas não teve qualquer relação com as vacinas contra a Covid-19.
Ou seja, a descrição do vídeo é completamente falsa e está a ser propagada sobretudo em grupos de negacionistas da pandemia de Covid-19 e anti-vacinas nas redes sociais.
Na realidade, como reportaram os jornais italianos “Corriere della Sera” e “La Reppublica“, entre outros, foi uma manifestação de comissárias de bordo da Alitalia que protestaram contra as condições de trabalho a que serão sujeitas na sequência da incorporação da histórica companhia aérea de bandeira italiana na neófita ITA Airways.
Fundada em 1947, a Alitalia não resistiu à paralisação do transporte aéreo durante a pandemia e deixou formalmente de existir no dia 15 de outubro de 2021. Muitos dos funcionários da Alitalia não foram integrados na ITA Airways. E os que passaram para a nova empresa sofreram cortes salariais. Os sindicatos da Alitalia organizaram uma série de manifestações contra esta operação caucionada pela Comissão Europeia, envolvendo uma aplicação de 1,35 mil milhões de euros de fundos públicos.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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