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| - “Ao longo da pandemia, houve várias situações em que o PSD esteve ausente. Naquela minicrise pandémica nas freguesias de Lisboa, foi o silêncio. Abriram-se aqueles quatro dias no Natal, já com a variante inglesa presente e a Europa a fechar os aeroportos, e nós ensaiámos uma espécie de “libertação provisória” que levaria ao caos. E o PSD nada disse. Ou quando os alunos não tinham computadores para o ensino à distância… O PSD nunca teve, nessa fase, um papel ativo“, referiu Paulo Rangel quando questionado sobre se o partido tem feito uma oposição mais firme ao Governo.
Será assim?
A 3 de dezembro de 2020, o PSD questionou o Governo sobre os prazos de distribuição dos computadores que estavam ainda em falta nas escolas e acusou o Executivo de incumprimento no compromisso de universalização da escola digital.
O PSD recordou que, em 22 de outubro de 2020, no Parlamento, o ministro da Educação garantiu que os primeiros 100 mil computadores seriam distribuídos durante a primeira quinzena de novembro. No entanto, “de acordo com a imprensa, apenas foram entregues 25 mil computadores dos 100 mil prometidos em outubro. Confirma o Governo que apenas foram distribuídos pelas escolas 25 mil computadores até ao dia 30 de novembro? Caso se confirme, em que Agrupamentos de Escolas foram distribuídos os computadores? Quais os critérios que presidiram à seleção das escolas?”, questionava o PSD.
No início deste ano, a 19 de janeiro, o deputado do PSD Adão Silva, no debate na Assembleia da República (AR) sobre política geral, perguntou a António Costa: “Porque é que não começou, já agora, no início do ano, com a entrega de computadores e redes informáticas como prometeu que faria?” A promessa tinha sido feita por António Costa, em entrevista à Agência Lusa, no dia 11 de abril de 2020.
Pouco depois, a 3 de fevereiro, o PSD entregou um requerimento no parlamento para que fosse realizada “a audição com a maior urgência possível” de Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação pela Comissão de Educação, Ciência, Desporto e Juventude. No documento, o PSD sublinhou que “oito meses depois [do início da pandemia], o país deveria estar preparado para enfrentar o novo confinamento forçado da comunidade escolar, nomeadamente conferindo os instrumentos de trabalho adequado para que os docentes possam assegurar o ensino não presencial. Mas, ao que parece, não está”.
No requerimento, foi ainda referido que os diretores das escolas se queixavam da falta de 300 mil computadores e de técnicos de informática, “que a capacitação dos docentes em ferramentas digitais ainda não teve início” e que a produção de conteúdos específicos e de ferramentas adicionais para o acompanhamento dos alunos no ensino à distância “não saiu do papel”.
Além do PSD, também a Juventude Social Democrata se mostrou preocupada com a falta de equipamento informático para a comunidade escolar. Em setembro de 2020, três deputados da JSD questionaram o Governo sobre se podia garantir que haveria computadores para todos os alunos antes do arranque do ano letivo. Já em março deste ano, a JSD foi mais longe e colocou um cartaz em plena praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, que contava há quantas semanas os computadores prometidos por António Costa deviam ter chegado aos estudantes.
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Avaliação do Polígrafo:
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